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Plantio do arroz está atrasado no RS

Lavouras se desenvolvem, mas produção pode ser afetada


Foto: Divulgação

De acordo com o Boletim Semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio de arroz no Brasil está em andamento, mas com atrasos em algumas regiões. No principal estado produtor do cereal, o plantio está sendo concluído, mas está atrasado em relação ao calendário ideal. Já em outros produtores, a redução das chuvas favoreceram as operações em campo, contudo, outras regiões produtoras estão sendo afetadas pelas chuvas irregulares.

Segundo a análise do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues baseada no Boletim Semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Rio Grande do Sul, observa-se a conclusão do plantio. Contudo, este processo encontra-se atrasado em comparação ao calendário ideal, particularmente na região Central. A semana mais seca resultou na redução dos níveis dos rios, facilitando assim o preparo das áreas para a implantação do cultivo. Paralelamente, a presença de dias mais ensolarados tem sido benéfica para o desenvolvimento do arroz, um aspecto positivo em meio aos desafios enfrentados.

Em Santa Catarina, outro estado relevante na produção de arroz, a situação é ligeiramente diferente. O clima seco predominante e um maior nível de insolação têm contribuído de maneira favorável para o desenvolvimento das lavouras. Além disso, as condições fitossanitárias melhoraram, uma vez que as operações de manejo agrícola puderam ser realizadas com mais eficiência sob essas condições climáticas.

O Maranhão, que se destaca pela produção de arroz sequeiro, continua em fase de plantio, principalmente nas regiões Norte, Central e Sul. As chuvas, embora ocorrendo, têm sido esparsas, impactando diretamente o ritmo da semeadura. Nas áreas de arroz irrigado, a colheita está em andamento, marcando uma fase crucial da produção.

Goías, com suas recentes chuvas, viu uma melhora nas condições das lavouras de arroz. Essas precipitações são essenciais não apenas para o cultivo direto, mas também para elevar os níveis dos reservatórios utilizados na irrigação, um fator vital para a agricultura da região. Por fim, no Tocantins, o panorama é marcado por chuvas irregulares. A necessidade de precipitações mais significativas é evidente para aumentar o nível dos rios e reservatórios. As lavouras de arroz nessa região encontram-se predominantemente em fases reprodutivas, que exigem uma alta demanda hídrica, tornando as condições atuais um pouco mais preocupantes.

Grande parte das lavouras em campo, ainda estão nos estádios iniciais do ciclo, no desenvolvimento vegetativo. Entretanto, aquelas mais adiantadas, em floração e enchimento de grãos, necessitam de condições climáticas mais adequadas, particularmente no centro norte do país. Considerando todos os seis estados, o progresso nacional do plantio da safra passou de 87.7% na semana anterior para 90.6% na semana do monitoramento. Esta variação de 2.9% coloca o progresso geral, que avança num ritmo semelhante em comparação com a safra anterior, que estava em 88.8%.

No Tocantins, observa-se um aumento notável na semana do monitoramento, passando de 85% para 95%, uma variação positiva de 10%. Comparando com o mesmo período da safra anterior, que estava em 90%, muito a frente do que era registrado na safra 2022/23. No Maranhão, o progresso passou de 14% para 24% na última semana, indicando um avanço significativo de 10%. Ainda aquém do registrado na safra anterior, que estava em 25%.

Mato Grosso apresentou um crescimento de 73.1% para 76.3%, um aumento de 3.2%. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, que estava em 31%, a safra atual está muito adiantada em relação à safra anterior. Goiás também mostrou um avanço, passando de 81% para 82%, um aumento de 1%. Este progresso está  adiantado  frente aos 73% no mesmo período na safra passada.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul mantiveram uma constância. Mas com atenção para o Rio Grande do Sul, que mesmo aumentando de 95% para 97% a safra vem num ritmo mais atrasado.
 

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