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Polêmica sobre doação de campanha

O valor é 42% maior que o total doado em 2006 pelas mesmas empresas


Empresas que poderão ter multas ambientais suspensas com a aprovação do Novo Código Florestal contribuíram, em 2010, com R$ 15 milhões para financiar a campanha de 50 parlamentares que participaram das discussões do projeto no Congresso nos últimos meses. A informação foi divulgada, na quarta-feira (7), pelo jornal Folha de S.Paulo, após cruzamento das declarações disponíveis no site do TSE e de notificações do Ibama. O valor é 42% maior que o total doado em 2006 pelas mesmas empresas, autuadas em R$ 1,6 milhão por irregularidades como destruir vegetação nativa e Áreas de Preservação Permanente (APPs).


Entre os deputados citados está o gaúcho Luis Carlos Heinze, que recebeu R$ 150 mil da SLC Agrícola. O parlamentar ressaltou que a doação é legal e que não "defende criminosos". Diretor-presidente do grupo SLC, Eduardo Logemann, declarou que o processo foi extinto e que a área em Chapadinha, no Maranhão, foi vendida há dois anos. "Nossa área era de 14 mil hectares. Abrimos 4 mil ha para o plantio de soja e faltou licença para 500 ha. Encaminhamos o pedido, mas não fomos atendidos." Segundo Logemann, a SLC recebeu notificação do Ibama e recorreu. "Não teve multa", frisou. "O produtor não pode esperar dois, três anos pela licença", defendeu Heinze, ao criticar a falta de estrutura dos órgãos.

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