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Poluição por ozônio prejudica milho híbrido

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram três tipos de milho


Foto: Marcel Oliveira

Um estudo realizado pelo Carl R. Woese Institute for Genomic Biology, pertencente à Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, indicou que a poluição por ozônio pode prejudicar o desenvolvimento de culturas de milho híbrido. As informações foram publicadas pela revista portuguesa Vida Rural. 

De acordo com a Universidade, que estuda há mais de 20 anos os efeitos da poluição do ozônio nas culturas, que esse composto altera os tipos de produtos químicos que são encontrados dentro das folhas. “A poluição do ozono é maior no hemisfério norte, e atinge picos nos meses mais quentes e de verão. As elevadas concentrações de poluição do ozono sobrepõem-se temporalmente e espacialmente ao crescimento das culturas, pelo que é importante estudar como as elevadas concentrações de ozono afetam o rendimento das culturas”, disse a ex-estudante de doutoramento no laboratório de Ainsworth, Jessica Wedow. 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram três tipos de milho, que eram as variedades B73 e Mo17 e o milho híbrido cruzado B73 × Mo17. Nesse cenário, os resultados mostraram que o estresse crônico do ozono provocou uma diminuição de 25% no rendimento das culturas híbridas, sendo que as plantações híbridas também envelheceram mais rápido que as autóctones. 

Estes resultados sugerem que, uma vez que o milho híbrido é mais sensível à exposição ao ozônio, pode estar produzindo mais químicos que lidam com as consequências do estresse crónico. “Este estudo fornece pistas para melhorar a tolerância do milho à poluição do ozono”, disse a líder de investigação da USDA ARS Global Change and Photosynthesis Research Unit, Lisa Ainsworth. 

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