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Por dentro da safra: geada para formar gelo sobre os panos

Mudas de tabaco se desenvolvem nas bandejas e se aproxima a hora de fazer a primeira poda


Foto: Marcel Oliveira

O inverno se aproxima, e com ele o frio fica mais intenso. No domingo tivemos a primeira geada na propriedade, em Cerro Alegre Alto, interior de Santa Cruz do Sul. E foi uma geada clássica, capaz de formar gelo sobre os panos que cobrem os canteiros com as bandejas de mudas de tabaco, como mostro na foto abaixo. O termômetro marcou três graus pela manhã.

A gente tem noção de que o frio é importante para as espécies frutíferas e também elimina inços e insetos nas lavouras. Mas é preciso cuidar bem das mudas de tabaco para que não sejam queimadas pelo gelo. Nessa segunda-feira, 15, o dia ainda esteve nublado e com frio, mas a temperatura deve subir ao longo da semana, o que favorecerá o desenvolvimento das mudas.

A primeira poda das mudas de tabaco

Pretendemos fazer nesta semana a primeira poda das mudas de tabaco, de três que programamos. Três é importante fazer, embora por vezes alguns produtores façam uma quarta poda. Com três, as mudas ficam fortes para o plantio e para crescerem vigorosas. A quarta é adotada quando ocorre algum contratempo que impede de fazer o plantio, e é preciso retardar o crescimento. Enquanto as mudas crescem, estamos ampliando nosso pomar, o que mostraremos nas próximas colunas, e providenciando também a lenha para a próxima temporada.

Problemas verificados em canteiros

Neste final de semana chamaram a atenção dois fatos, que mostram os contratempos com os quais os produtores precisam lidar. O primeiro ocorreu na propriedade de Bráulio Daniel Berlt e de sua esposa Angélica Gehrke, em Linha das Bicas, interior de Estrela Velha. Com a forte chuva de sexta para sábado, a água levou solo de uma lavoura por sobre os canteiros, danificando o plástico, a estrutura e as próprias mudas. Resultado: vão ter de começar tudo de novo. O produtor jamais vai esperar que algo assim ocorra, mas é sempre bom fazer os canteiros em região mais alta, protegida, menos suscetível a enxurradas.

Já em Linha Tangerinas, no interior de Venâncio Aires, o produtor Osvino Wenzel teve nada menos do que 12 mil mudas de tabaco furtadas, como mostrou a edição de final de semana da Gazeta do Sul. Como só faria sentido alguém pegar as mudas de tabaco para plantar (pois que outra serventia poderiam ter?), é triste imaginar que um outro agricultor foi o responsável por algo tão constrangedor. O que mais ainda falta acontecer no campo?

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