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Portos do Paraná lançam mapa socioambiental das ilhas

No material, é possível ver os locais em que a Appa instalou contentores de resíduos sólidos


A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) lançou, nesta semana, um mapa dinâmico e ilustrado, que aponta os projetos socioambientais desenvolvidos nas 15 comunidades das ilhas do litoral do Paraná. A ferramenta – que está sendo distribuída pela equipe da Appa e é chamada de “Mapa das Comunidades” – mostra informações importantes sobre as ações desenvolvidas em prol da natureza e dos grupos comunitários.

No material, é possível ver os locais em que a Appa instalou contentores de resíduos sólidos; onde são feitos o programa de monitoramento da atividade pesqueira e os seminários da pesca; em quais comunidades a Appa promoveu capacitação de agentes ambientais e quais escolas foram inseridas no projeto Porto Escola. O mapa foi desenhado por um ilustrador da Ilha dos Valadares.

ESPECIFICIDADES DE CADA ILHA - O Mapa das Comunidades das baías de Paranaguá e Antonina também apresenta ilustrações de cardumes, crustáceos e espécies da fauna marinha comumente encontrados na região. Na comunidade de São Miguel, por exemplo, é possível ver a ilustração da pesca do siri, atividade típica da população local, que vive do comércio do crustáceo. Já a ponta oeste da Ilha do Mel é destacada no mapa pela reconhecida criação de ostras. Em Paranaguá o destaque é o fandango da Ilha dos Valadares e o próprio porto. Em Antonina, o Terminal Barão de Teffé e a Praia dos Polacos aparecem como pontos importantes. Em Piaçaguera o atrativo é a uma pequena igreja situada em cima de um morro de sambaquis.

De acordo com o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, a iniciativa soma forças ao trabalho de promoção do meio ambiente e valorização dos grupos ilhados. “Nossos portos não apenas passaram a cumprir a legislação ambiental, como avançaram muito em programas socioambientais. O mapa aponta as ações já realizadas e também o que pode ser feito e aonde pode ser feito, envolvendo as comunidades nesse trabalho que deve ser permanente”, explicou Dividino.

Como exemplo, ele citou o primeiro banco de dados de monitoramento da pesca realizado pelos Portos do Paraná e que consta no Mapa das Comunidades. Os dados são fundamentais para a tomada de decisão no que se refere ao número de pescadores que atuam nas Baías de Paranaguá e Antonina, aos equipamentos e utensílios de pesca utilizados e ao volume da produção pesqueira.

Desde o início do monitoramento, os números registrados apontam cerca de mil toneladas e 180 mil dúzias das 93 espécies de peixes, crustáceos e moluscos pescados.

EM TODAS AS COMUNIDADES – De acordo com o novo material, o programa mais abrangente é o de Educação Ambiental, integrado ao Porto Escola, que é desenvolvido em 100% das comunidades.

Com a atuação intensa da Appa, os moradores das localidades têm sentido os resultados das ações. A professora Marli Alves, da comunidade de São Miguel, afirma que o trabalho junto às ilhas é fundamental. “Essas ações envolvem desde as crianças até os adultos e trazem informações importantes, sobre o que é certo e o que não é, e como podemos contribuir para melhorar o lugar onde vivemos”, comentou.

O líder comunitário do local, Romildo Ferreira do Rosário, disse que os resultados das iniciativas já podem ser percebidos. “Vemos muitas melhorias a partir desse trabalho, porque muitas informações contribuem para que os moradores se envolvam e façam a sua parte. Lixos que antes ficavam esparramados, por exemplo, hoje têm a destinação correta. Isso vai influenciando na qualidade de vida e é um indício de que os programas têm dado certo.”

PORTO SUSTENTÁVEL - O diretor de Meio Ambiente dos Portos Bruno da Silveira Guimarães conta que, nos últimos seis anos, a Appa investiu aproximadamente R$ 35 milhões em mais de 40 programas de meio ambiente. “Devido a estas ações e investimentos, o Porto de Paranaguá saltou da 26ª posição, em 2012, para a 3ª colocação no Índice de Desempenho Ambiental da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)”, lembrou Guimarães.

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