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PR: Álcool sobe 32% da distribuidora até posto

O álcool é comprado em média por R$ 1,10 e repassado por R$ 1,46: acréscimo de R$ 0,36 por litro



O álcool combustível poderia custar se os postos de combustível não aumentassem tanto o preço do produto depois que o adquirem das distribuidoras. O mais recente levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) revela que a diferença entre o preço médio cobrado pela distribuidora e o valor pago pelo consumidor de Maringá, por exemplo, é de 32,67%. A cidade registrou o maior em todo o Estado, entre as distribuidoras e os postos.

O álcool é comprado em média por R$ 1,10 e repassado por R$ 1,46: acréscimo de R$ 0,36 por litro. Em Londrina, os postos acrescentam R$ 0,16 por litro e em Curitiba, R$ 0,30. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 30 de agosto, em 569 postos paranaenses, 25 deles em Maringá. Em Umuarama, o último levantamento da ANP revelou que o preço médio é de R$ 1,29 – com o álcool mais caro a R$ 1,39 o litro e o mais barato a R$ 1,24. Os preços praticados em Umuarama foram pesquisados entre 7 e 13 de setembro.

Em agosto, a ANP registrou um aumento de 6,87% no preço médio do álcool. O fato de Maringá localizar-se no centro da região produtora de etanol no Estado não representa redução de custos para o consumidor local. Em São Paulo o preço é menor nas proximidades das unidades produtivas. O preço médio do álcool em Ribeirão Preto, num dos pólos sucroalcooleiros do Estado, é R$ 1,37.

O presidente do Sindicato dos Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, explica como se forma valor do produto no Estado. "Para ser produzido no Paraná, o álcool custa cerca de R$ 0,76 por litro, mas com todos os impostos, chega a R$ 1,17 para o distribuidor", afirma Fregonese. Essas empresas, por sua vez, revendem o combustível para os postos com um acréscimo médio de R$ 0,05 por litro. Os revendedores finais da cadeia podem repassar um valor entre R$ 0,28 e R$ 0,30 por litro para o consumidor.

Para Fregonese, não se pode afirmar em quais municípios os postos de combustíveis repassam um valor maior para os clientes sem considerar a planilha de custos de cada um. Ele alega que a comparação entre o preço cobrado pelas distribuidoras e o valor efetivamente pago pelo consumidor não pode ser feita de maneira direta, pois as operações ocorrem em momentos distintos. (Com informações de O Diário)

Mais barato, só fraude

O presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, questiona a existência de postos que adquirem o produto com preço abaixo de R$ 1,17. "Hoje não existe álcool mais barato do que isso para o distribuidor do Paraná", afirma. "Se existir, é fruto de fraude, de sonegação fiscal ou outro ato ilícito", acrescenta.

Para fraudar a lei, alguns fornecedores de combustíveis utilizam a mesma nota fiscal para realizar várias viagens com o carregamento de álcool. Outra forma de burlar a lei é misturar água ao etanol, principalmente no álcool anidro, que permite ampliar a lucratividade com a sonegação fiscal. Segundo o Sindicombustíveis, todos os casos que chegam ao conhecimento da entidade são denunciados às autoridades competentes.

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