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PR: irmãos trocam a construção pela produção de morango

Sem conhecimento prévio do ofício, cursos do SENAR-PR foram decisivos para a nova atividade


Foto: Marcel Oliveira

O jovem Carlos Eduardo dos Santos de Miranda, 23 anos, e o irmão Wesley dos Santos, 19 anos, transforaram suas vidas depois dos cursos do SENAR-PR. Para ajudar nas despesas de casa, a dupla trabalhava na construção civil, junto ao pai, no município de Mandirituba, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Nos momentos de lazer, os irmãos aproveitavam a chácara da família, na zona rural.

Então, a dupla começou a pensar no que poderia fazer para utilizar melhor o espaço para ganhar uma renda extra. O fato de a chácara ser pequena, cerca de 2 hectares, pesava na decisão. Porém, bastou identificar a vocação do município, voltado para a produção de morangos, para encontrar na cultura uma oportunidade de negócio.

A partir daí, em 2018, decidiram se especializar por meio dos cursos do SENAR-PR, como “Trabalhador no cultivo de espécies frutíferas rasteiras – morangueiro – cultivo em substrato”, “Olericultura – cultivo hidropônico”, “Olericultura – cultivo em ambiente protegido”, “Olericultura – implantação de boas práticas agrícolas na hortifruticultura” e “Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos – NR 31.8”.

“Nós trabalhávamos em obra há três anos e não tínhamos nenhuma experiência como produtores rurais. A produção de morango foi uma novidade. Hoje vemos o que nós aprendemos sendo colocado em prática e dando excelentes resultados. Conseguimos ter um produto de qualidade e, ao mesmo tempo, de baixo custo”, conta Carlos, que, ao lado do irmão, fez da produção de morango sua única renda.

Multiuso

Neste cenário de mudança de ofício, a experiência na construção civil veio a calhar no processo de transição. A casa de embalagens, por exemplo, requisito obrigatório para a implantação das boas práticas agrícolas, foi inteiramente construída pela dupla. “O custo ficou bem baixo. Fizemos um local com um bom espaço, que está suprindo todas as nossas necessidades em questão de embalagens”, aponta Carlos. Os irmãos também auxiliaram na construção das bancadas e até mesmo da estufa.

Atualmente, a propriedade possui sete mil pés de morango, com a produção anual na casa das sete toneladas. O próximo passo da dupla é investir na Produção Integrada de Morango (PIMo), uma alternativa ao sistema convencional, com foco no uso racional na aplicação de defensivos químicos e promoção da sustentabilidade.

“A cada dia que passa os consumidores de morango ficam mais exigentes e, com isso, podemos nos aperfeiçoar ainda mais nesta área e ter um diferencial”, destaca o irmão mais velho. “A mudança para a vida no meio rural foi grande, mas nós gostamos. Temos mais tranquilidade de vida, mais sossego, e agora fazemos nosso próprio horário de trabalho”, finaliza.

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