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PR: Sudoeste colheu 53% da produção de soja

Além de produtores da região prejudicados com o período chuvoso, Porto em Paranaguá retomou no sábado (23) o carregando normal


Além de produtores da região prejudicados com o período chuvoso, Porto em Paranaguá retomou no sábado (23) o carregando normal. Desde o começo do ano foram 27 dias de paralisações

Apesar de as chuvas atrapalharem, no momento que o tempo se firmou o Sudoeste colheu, em média, 53,3% de plantação da soja. Dos três núcleos regionais de Departamentos de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), Pato Branco atingiu 60%, enquanto que Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, 50%.


Produtores investiram na plantação da oleaginosa em uma área que correspondem 482.900 hectares. Se somar o número mínimo de toneladas a serem colhidas, a produção deverá ficar acima de 1,5 milhões, uma vez que são estimadas de 3 mil a 3,3 mil quilos por hectare. Essa quantidade poderia ser bem maior caso a safra tivesse boa para a colheita em janeiro, onde produtores conseguiram obter mais de 4 mil quilos.

“As dificuldades são inúmeras porque as chuvas fizeram perder produtividade, qualidade e muitas variedades prejudicadas para a próxima safra”, comentou o técnico do Deral de Pato Branco, Ivano Luiz Carniel.

Na regional de Beltrão, o engenheiro agrônomo, Ricardo Kaspreski, reafirmou que o volume de chuvas provocou a perda de qualidade, com grãos mofados e ardidos.

Em Dois Vizinhos, o núcleo atende sete municípios, e segundo o chefe Vinícius Coletti, a chuva excessiva certamente prejudicará a outra porcentagem. A respeito da ampliação da área de colheita, ocorrerá caso as chuvas derem trégua.

Além dos problemas que a chuva provoca, está também difícil o processo de escoamento da produção. Conforme a Assessoria de Comunicação do Porto de Paranaguá, de janeiro até o último sábado foi registrada 27 dias de paralisações no embarque de grãos. Ao comparar ano passado, no mesmo período, houve 13 dias de paralisações, 100% a mais. No entanto, a partir desta sexta, como o tempo melhorou, o carregamento dos navios voltou à normalidade.

O corredor de exportação de Paranaguá movimentou, nos dois primeiros meses deste ano, 2,03 milhões de toneladas de grãos frente os 2,08 milhões em 2012, 50 mil a menos.
Mesmo assim, a expectativa de exportações, conforme estatísticas da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é 24% a mais do que em 2012. Ano passado a soja atingiu 6,8 milhões de toneladas, a previsão da semente deverá chegar os 8,47 milhões.


Sobre o cancelamento de carregamentos de soja por uma empresa chinesa em virtude do atraso nas filas, a assessoria desmentiu a informação e responsáveis disseram que, em conversa com os técnicos, não pode existir assim que está programado com um navio.

Porém, enfatiza que pode ocorrer a revogação de embarques futuros, devido a desentendimentos entre importador e exportador. “Se o navio não foi programado adequadamente, ocorrem problemas desta natureza. Mas, navio programado e com carga disponível, não pode ser cancelado”, diz a nota.

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