O ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, disse, com exclusividade à Agência Brasil, que o governo já tem um plano alternativo de emergência para evitar queda nas exportações dos produtos agrícolas nacionais junto ao mercado internacional, em decorrência dos atentados terroristas nos Estados Unidos.
Pratini de Moraes esteve ontem, dia 13, com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, para discutir e analisar os possíveis impactos sobre a balança comercial agrícola, caso haja reflexos negativos no mercado internacional de agronegócios, em decorrência da destruição de símbolos do capitalismo norte-americano, o World Trade Center, na última terça-feira (11).
O ministro não quis detalhar o plano alternativo, que chamou de "Plano B" e explicou que é apenas uma garantia, já que o governo acredita que o Brasil esteja "fora da rota" de eventuais impactos negativos sobre as exportações do agrícolas no mercado internacional. Mesmo assim, segundo ele, um grupo especial do Ministério da Agricultura está analisando diariamente o mercado de agronegócios.
"Se acender alguma luz vermelha, é claro que nós estaremos agindo imediatamente", garantiu Pratini, acrescentado que o ministério trabalha com planos alternativos desde o episódio da febre aftosa em alguns rebanhos, no primeiro semestre deste ano, no Rio Grande do Sul, além do Mal da Vaca Louca, na Inlgaterra.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, o mercado agropecuário foi responsável por 44,2% das exportações totais do país em julho deste ano. Em 12 meses, o Brasil exportou cerca de US$ 12,5 bilhões em commodities, com destaque para o açúcar, carnes, soja, milho e algodão. Nesse período, a balança comercial agrícola registrou um superávit de quase US$ 17 bilhões.