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Pratini refuta acusações de produtores da Irlanda

Os irlandeses contestam o sistema de controle sanitário ao elencarem acusações à carne bovina


Ao elencarem um série de acusações à carne bovina brasileira, os irlandeses estão contestando o sistema de controle sanitário e de proteção ao consumidor da própria União Européia, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec), Pratini de Moraes.

Ele refuta as acusações dos pecuaristas da Irlanda sobre a sanidade da carne brasileira porque são baseadas em visitas não-oficiais ao país, "a propriedades que ninguém conhece" de regiões que não exportam carne. "Eles não visitaram nenhum frigorífico associado à Abiec", acrescentou.

Ele observou que a UE já enviou várias missões ao Brasil para vistoriar os controles na produção de bovinos, fez observações e recomendações, mas não fez nenhuma condenação ao país.

"Estamos preparados para enfrentar as objeções naturais decorrentes do crescimento das exportações brasileiras", afirmou. Para ele, as vendas crescem porque o Brasil é competitivo e há demanda para a carne nacional.

As exportações brasileiras no semestre demonstram essa demanda, segundo Pratini. Entre janeiro e junho, o país exportou US$ 2,216 bilhões, 31,42% mais que no mesmo intervalo de 2006. Os volumes cresceram 26,69%, para 1,363 milhão de toneladas (equivalente-carcaça) entre carne in natura, industrializada e miúdos, segundo a Abiec. Em junho, as vendas ficaram estáveis. A receita foi de US$ 349 milhões, alta de 0,60% sobre junho de 2006, e o volume caiu 0,98%, para 208 mil toneladas (equivalente-carcaça). "Houve a greve dos fiscais, que atrasou um pouco os embarques e estoques na Rússia, que comprou muito no primeiro semestre", explicou.

Apesar das recentes restrições da Rússia a frigoríficos brasileiros por acusações de fraudes em certificados sanitários, o país comprou 329,7 mil toneladas de carne do Brasil no semestre, alta de 121,53% ante o mesmo período de 2006. Conforme Pratini, também cresce a demanda por cortes especiais na Europa e em Hong Kong.

Um trader que atua na exportação de carne bovina disse que essa procura já fez o filé mignon brasileiro alcançar US$ 18.500 por tonelada, bem acima dos US$ 13 mil do fim de 2006. (AAR)

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