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Precisamos plantar pasto para colher boi, e para isso, não é preciso derrubar uma única árvore

Intensificação de pastagem melhora o sistema de produção da pecuária


Foto: Divulgação

Atualmente existem mais de 170 milhões de hectares de pastagens no Brasil, entretanto, cerca de 70% delas são degradadas em diferentes níveis. Por que não bater forte na tecla de intensificação das pastagens, ou seja, investir na sua recuperação como uma forma de ajudar a melhorar a produtividade e rentabilidade dos rebanhos, aumentar a qualidade e a quantidade de alimento bovino, entre tantos outros benefícios que a técnica proporciona, e, de quebra, ajudar – e muito – a solucionar parte dos problemas ambientais que tanto nos apavoram, ultimamente? Precisamos plantar pasto para colher boi, e para isso, não é preciso derrubar mais uma única árvore. Basta transformar as pastagens em agricultura. E o manejo intensivo de pastagens ajuda o pecuarista a tomar essa decisão com tranquilidade.

Com o aumento da população mundial e consequentemente o maior consumo de alimentos, uma das opções para a produção é a intensificação da propriedade. Na produção de carne e de leite o proprietário tem bastante opções para conseguir alavancar sua produção e conseguir uma maior rentabilidade, isto sem aumentar sua área de produção.

Para o engenheiro agrônomo da Matsuda, André Tadao Tsuhako, hoje dentro das propriedades rurais, o que faz a diferença entre ter rentabilidade ou não são os detalhes, todo o cuidado do proprietário com a sanidade, genética, nutrição animal, pastagem, planejamento e estratégias são alguns exemplos dos “alicerces” que necessita uma propriedade para conseguir o sucesso ou chegar em seu objetivo.

“A intensificação de pastagem é uma ótima opção para as propriedades rurais, pois possibilita aumentar a produção e utilizar todos os recursos da propriedade com mais eficiência. Podemos intensificar a produção de uma pastagem de várias maneiras, como realizar um manejo adequado de acordo com cada espécie e variedade, adubação e correção de solo, divisão das áreas, irrigação, controle de pragas e plantas daninhas, além da implantação de cultivares mais produtivas, como por exemplo, o Megathyrsus maximus cv. MG12 Paredão. Utilizando melhor os recursos naturais e realizando um planejamento financeiro, o produtor pode conseguir uma maior lucratividade”, explica.

Estima-se que nos próximos anos as áreas de pastagens vão sofrer uma redução, porém ao mesmo tempo o rebanho bovino deverá aumentar devido o cenário de aumento da população. E a possibilidade de transformar áreas de pecuária em agricultura vem aumento cada ano que passa, devido ao sistema de integração Lavoura Pecuária (ILP) e Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), onde a utilização da palhada no sistema auxiliou a produção de grãos com alta rentabilidade e auxiliando na sustentabilidade, principalmente do solo. É possível diminuir as áreas de pastagens e aumentar a produção de arroba por hectare (@/ha) ou a produção de leite, aumentando a lotação por área e consequentemente intensificando as pastagens.

“Com a intensificação da pastagem um dos índices zootécnicos que conseguimos mudar é a taxa de lotação e a pressão de pastejo sobre área de pastagem, desta maneira podemos colocar uma maior quantidade de animais na mesma área de produção. A quantidade de animais que o produtor consegue aumentar intensificando uma pastagem vai depender de alguns fatores importantes, como a cultivar utilizada, suplementação, divisão dos piquetes, peso dos animais, raça dos animais, genética, manejo de pastagem, adubação, etc. O produtor pode melhorar muitos aspectos de sua propriedade intensificando o uso de uma pastagem, e a sustentabilidade da atividade é um dos pontos que está em alta hoje e futuramente pode ser um ponto ‘chave’ para a comercialização para o mercado externo e interno também, pois a rastreabilidade e métodos de produção está cada vez mais em analise e monitorados pelos consumidores. A pastagem quando utilizada da forma correta é uma grande ferramenta para o produtor, pois ajuda na estruturação do solo, ciclagem de nutrientes, cobertura do solo para evitar erosões e lixiviações, e o aumento da produtividade e o melhor aproveitamento desta produção permite que o produtor não necessite aumente suas áreas de pastagens”, conta o engenheiro agrônomo da Matsuda.

Práticas de manejos mais sustentáveis

O clima é um assunto de alta relevância nos dias atuais, a emissão do carbono e o efeito estufas são pontos chaves para o aquecimento global e umdos pontos que faz parte da estratégia do Brasil para a redução do efeito estufa  está relacionada as pastagens brasileiras.

“A adoção de práticas de manejos mais sustentáveis permite que os planos da agricultura de baixo carbono (ABC) sejam realizados, utilizando tecnologias e práticas de manejo para recuperar pastagens degradadas, utilizar sistemas como Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) nas propriedades, possibilitando mais alternativas para o produtor e a utilização do plantio direto na palha de forrageiras auxilia na mitigação do plano ABC. O manejo intensivo permite que pastagens degradadas se tornem mais produtivas, e consequentemente abre espaço para os produtores melhorarem além da sua produção ou ambiente que se encontra e o solo que fornece todos os requisitos para uma ótima ‘colheita’, destacou o engenheiro agrônomo da Matsuda André Tadao Tsuhako.

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