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Preço da arroba do boi está em recuperação

Esta semana, os preços pagos aos produtores em Goiás variaram de R$ 50 a R$ 55


As cotações da arroba do boi gordo tiveram melhoria nos dois primeiros meses do ano, em período de safra, que vai de janeiro a maio de cada ano. Esta semana, os preços pagos aos produtores em Goiás variaram de R$ 50,00 (boi comum) a R$ 55,00 (animal rastreado), dependendo da região. Esse valor é cerca de 15% maior que os preços pagos no mesmo período de 2006.

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, o ano de 2007 começa atípico, já que ocorre melhoria de preço em plena safra, o que indica cotações bem melhores ao longo do ano, especialmente no período de seca, que vai de julho a novembro. Conforme Antenor, a elevação dos preços reflete, em grande parte, os abates de matrizes que ocorreram nos últimos três anos, período em que os preços da carne bovina ficaram muito deprimidos.

Os animais de reposição também registram valorização. O bezerro desmamado, que era comercializado com valores entre R$ 320,00 e R$ 340,00, não é encontrado hoje por menos de R$ 380,00 e até R$ 400,00, dependendo da qualidade. O mesmo ocorre com o boi magro, cujo preço reagiu. Por causa disso, as cotações da arroba bovina também avançam e estimulam os criadores a fazerem todo o ciclo (da criação ao abate). As matrizes também apresentam boa valorização.

Mercado externo

As exportações brasileiras de carne mantêm ritmo de crescimento. A CNA projeta que o volume a ser exportado

em 2007 ficará cerca de 15% maior que em 2006. Ao longo do ano passado, foram embarcadas 2,2 milhões de toneladas, com faturamento de US$ 3,8 bilhões. Contudo, pelo que já ocorreu em janeiro, deduz-se que esse porcentual deverá ser superado. No primeiro mês do ano, houve crescimento médio de 32,41% nas exportações de carne bovina, com avanço de 34% nos embarques de carne in natura, 19,3% nas carnes industriais e 44,5% nos de miúdos. Os preços também estão melhores. Na média exportada, o produto subiu no mercado internacional 39,14%, com elevação de 44,02% no preço da carne in natura, 19,5% da industrializada e 57,4% no caso dos miúdos.

Ainda segundo Antenor Nogueira, o preço da carne in natura teve aumento de 7,5% no mercado internacional em

janeiro, se comparado a igual período de 2006. No ano passado, a tonelada valia, em média, US$ 2.233,00. Em

janeiro deste ano, o preço médio ficou em US$ 2,4 mil. Baseado nesses números, Antenor Nogueira entende que o

pecuarista precisa ser melhor remunerado pela carne bovina. Para ele, a cotação razoável para o momento seria

em torno de R$ 60,00 a arroba. Nogueira não se arrisca, contudo, a fazer projeções de preços para os próximos

meses.

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