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Preço do milho segue alto na região Sul

Pelo déficit no RS e SC e preferência pela soja


Os preços do milho continuam valorizados no mercado físico da Região Sul do Brasil, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica. Isso ocorre não apenas pelo déficit anual de 1,5 milhão de toneladas no Rio Grande do Sul e de 2,5 MT em Santa Catarina, mas também pelo fato de que alguns agricultores, percebendo as altas nos preços, decidiram ‘esquecer’ o milho e se voltar inteiramente para a colheita da soja.

De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, isso resultará numa real escassez de milho na Região Sul, o que explicaria parte do aumento dos preços verificado nos últimos 45 dias. “E a próxima colheita será apenas em julho, para os estados que tem milho safrinha”, complementa o especialista.
 
“Há ainda os problemas climáticos ocorridos em regiões localizadas do país e a própria alta, que desestimula as vendas (os agricultores costumam vender quando começa a baixar). Com isto, as cotações nestes estados giram ao redor de R$ 36-38,00 no mercado de balcão e R$ 40,00-41,00 no mercado de lotes”, diz Pacheco.
 
Já em Campinas (SP), outra importante praça compradora, o cenário de poucas ofertas permanece e guia os avanços no preço do cereal. Nesta quinta-feira (05), produtores demonstram pouco interesse em negociar milho e seguem focados na soja. O Índice Cepea para as cotações da B3 subiu 0,81% nesta quinta-feira e para Campinas subiu 1,38%. Os negócios de exportação continuam raros, porque a janela está toda absorvida pelos embarques de soja, que aumentaram com a disputa entre EUA e China. 
 

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