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Preço e demanda estimulam o trigo na Argentina

Produtores deve aumentar área de trigo para 4,1 milhões de hectares



Produtores argentinos devem aumentar a área plantada com trigo neste ano em 13%, para 4,1 milhões de hectares. Depois de sucessivos recuos na área semeada com o cereal, os triticultores voltaram a investir na cultura, considerando a liquidez do grão e também o clima, que deve ser favorável.

Mesmo a constante intervenção do governo argentino no mercado do grão, com limites à exportação e controles sobre o volume armazenado nas propriedades, o setor produtivo aposta na forte demanda brasileira por trigo. Ao longo de 2013 e nos primeiros meses de 2014 o país viu os Estados Unidos tomarem parte de seu mercado no Brasil pela falta de oferta para atender a indústria.

O plantio de trigo na Argentina começa na segunda quinzena de maio. "Comparado com outros cultivos, o preço do trigo hoje é muito mais atraente e isso estimula o produtor a plantar mais", resume o analista Gustavo López, diretor da consultoria Agritrend. Ele destacou que as questões internacionais, como a seca nos Estados Unidos e os conflitos na Europa Oriental, mantêm os preços firmes, quase US$ 20 a tonelada superiores aos registrados no ciclo passado.

Há dúvidas sobre a movimentação de trigo do Mar Negro, região que representa 25% das exportações mundiais. Importantes países importadores de trigo, como Egito, que se abastecem desta zona, poderiam ser obrigados a comprar de outros fornecedores, entre eles a Argentina.

Segundo López, após duas safras de colheita menor que o esperado, o governo argentino deverá estimular o plantio de trigo. "Há forte expectativa de que o governo argentino tome medidas para estimular o produtor e melhorar a intenção [de plantio]."

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