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Preço mais alto estimula plantio de soja

A perspectiva de queda na superfície cultivada caiu de 7% para 4% no país


O prejuízo certo que a próxima safra de soja prometia há um mês mudou de figura e o produtor reviu sua intenção de reduzir a área plantada. Depois de um mês de chuvas regulares e em boa quantidade, e de um aumento inesperado de preços na bolsa de Chicago, que acumulou 19,8% do início de outubro até ontem, a perspectiva de queda na superfície cultivada caiu de 7% para 4% no país, segundo relatório de intenção de plantio da Agência Rural.

"O principal motivador foi o preço, que hoje está possibilitando ao produtor vender pelo valor de custo ou até um pouco mais. Embora não seja a solução, já é uma situação melhor", disse a analista da Agência Rural, Daniele Siqueira. A consultoria previa, desde agosto, uma redução de área de 14% para o cultivo da soja no Centro-Oeste. Queda reduzida para 10%. No Sul é esperado um aumento de área de 5%. Nesta região poderá haver um acréscimo superior ao estimado até agora, já que o plantio começou esta semana. No Centro-Oeste o cultivo está muito adiantado.

Como a alta do preço em Chicago pode não durar tanto, os produtores correram e já venderam 33% da safra 2006/07, ante 7% na mesma época de 2005, segundo a Agência Rural. A mudança brusca de decisão do produtor, entretanto, pode trazer problemas. "Mudar de idéia é uma coisa. Outra é conseguir, do dia para a noite, insumos e sementes. Há problemas na entrega porque muita gente pediu ao mesmo tempo. Outro problema é ainda a demora na liberação de crédito", diz o produtor de soja de Nova Xavantina (MT), Eduardo Moura.

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