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Preço pago pelo milho safrinha preocupa agricultores paulistas

Muitos produtores preferem segurar o produto, na esperança de uma reação de mercado


O clima ajudou e a produção de milho safrinha do noroeste de São Paulo foi boa. O que está preocupando os agricultores é o preço pago pelo grão. Muitos preferem segurar o produto, na esperança de uma reação de mercado.

Enquanto a agricultura paulista registra de 4% na área plantada e de 17% na produção de milho safrinha, a parte nordeste do Estado manteve as regiões de cultivo e conseguiu a mesma produtividade da safra de verão, com 58 sacas por hectare.

“Esse ano a chuva veio na época certa. Mesmo o plantio se estendendo, a chuva acompanhou. Em Guaíra a gente vai ter uma boa produtividade”, explicou o agrônomo Renato Massaro Sobrinho.

Atrás da produtividade veio a queda de preços. A expectativa era a de receber pelo menos R$ 20 pela saca. Mas o mercado tem pagado apenas R$ 15. Já houve queda em relação ao início da colheita, quando a oferta era de R$ 18,50.

O produtor Aparecido Serafim cultiva uma área de 800 hectares com outros dois irmãos. Ele explicou que a própria família faz a colheita e o transporte dos grãos para tentar diminuir os custos. “O adubo, o fertilizante e os venenos, por exemplo, tiveram custo alto. Então, o custo ficou bem elevado”, disse.

Muitos agricultores decidiram armazenar a maior parte do milho colhido para arriscar uma venda melhor no período de entressafra, entre os meses de novembro e dezembro. Essa foi a opção do agricultor Paulo César Prado. “A gente vende um percentual da produção que, infelizmente, está abaixo da realidade. O restante a gente tenta ver se coloca no mercado com uma melhoria de preço pra gente ter algum lucro dentro da agricultura", disse.

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