O preço dos suínos subiu pela sétima vez este mês, para alegria dos suinocultores. A partir de hoje (24-09), a Coopercentral Aurora, maior compradora e abatedora de Santa Catarina, vai pagar R$ 1,80 pelo quilo de suíno ao produtor. Com a tipificação, o preço chega a R$ 1,95.
O anúncio foi do presidente da Coopercentral Aurora, José Zeferino Pedrozo, que destacou a baixa oferta de animais para atenter a necessidade das indústras. Pedrozo disse que neste mês a média geral de abate será 15% inferior ao mês passado. A crise do setor, eliminação de matrizes com Aujeszky e retomada das exportações contribuíram para enxugar o mercado e elevar o preço. Somente em setembro, o preço aumentou 28,5%.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Clair Dariva, disse que o setor voltou a ganhar dinheiro mas ainda é insuficiente para fazer frente aos 18 meses de crise. Mas os produtores já começam a realizar algumas melhorias nas instalações.
Há também a troca de fêmeas do plantel. Dariva avalia que os produtores não estão ainda aumentando os plantéis, para evitar que novamente ocorra o excesso de oferta e outra queda nos preços.
Dívidas precisam ser renegociadas
Apesar de alguns independentes já terem vendido suíno a R$ 2,20 ao quilo, Dariva acredita que o preço para os integrados deve estabilizar em torno de R$ 2. "Não vamos mais ter dois aumentos em uma semana e até de sete centavos", avaliou.
Para o presidente da ACCS, Wolmir de Souza, o mais importante no momento é garantir a continuidade de lucro aos produtores, pelo menos por mais seis meses, além da renegociação das dívidas que vencem este ano. Sem esta renegociação, Souza acredita que alguns produtores não terão como quitar as dívidas acumuladas.