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Preços de fertilizantes despencam ainda mais em junho

As Usinas Sucroenergéticas do Estado de Goiás continuam adquirindo produto para renovação dos canaviais


Os preços dos fertilizantes no mês de junho despencaram mais no mês de junho. Os preços de um dos principais insumos usados nas lavouras vêm tendo quedas consecutivas desde março deste ano. As revendas e misturadoras de pequeno e médio porte continuam bastante agressivas no mercado e parecem estar “queimando” produto para fazerem caixa. Os prazos para pagamento ainda estão existindo, principalmente para clientes tradicionais.

As Usinas Sucroenergéticas do Estado de Goiás continuam adquirindo produto para renovação dos canaviais, visto que estamos em plena safra. Algumas delas, que enfrentaram problemas mais sérios durante a crise que ainda persiste, ainda se encontram no vermelho com os custos de produção ainda a patamares bastante elevados, por isso, a cotação de mercado se faz crucial para estas empresas e estão adquirindo de forma bem modesta.

O Cloreto de Potássio (KCl), que ainda custa em torno de US$ 630 no mercado internacional, apresentou mais uma leve queda relativo ao mês de maio e é o responsável por não deixar os preços caírem ainda mais. Apesar disso a oferta no mercado mundial ainda se encontra bem retraída e os grandes produtores, basicamente em Rússia e Canadá, estão prendendo estoque. É bom lembrar que o Brasil importa quase 90% do volume total de Potássio que consome. Os Nitrogenados caíram ainda mais no mês de junho. O Sulfato de Amônio foi o nitrogenado que teve maior queda, caindo 21,8%o com relação ao preço do mês de maio. Já os fosfatados, que tiveram um leve aumento nos preços no mês de abril, tiveram queda de preço modesta neste mês.

Os formulados, desde outubro do ano passado, já acumulam queda de 41,1 pontos percentuais. Já que o preço do Cloreto de Potássio tem se mantido alto, nota-se que o grande responsável pela baixa do preço dos formulados continuam sendo os fosfatados.

Pelas sondagens do mercado e informações dos sindicatos e entidades que representam o setor de fertilizantes, o preço não cairá a patamares mais baixos, se assim for, é, sem dúvida, o momento certo de adquirir o fertilizante para a safra 2009/2010. Alguns produtores começaram a adquirir os produtos antecipadamente desde o mês de abril.Os valores de custos de produção das principais cultura tem caído, puxado principalmente pela baixa dos fertilizantes.Os estoques de matéria-prima estão no fim e com isso acredita-se que com as novas importações o preço volte a ter recuperação.

As grandes empresas fabricantes e distribuidoras de fertilizantes no Brasil continuam com retração nas vendas de matéria-prima como Uréia, Sulfato de Amônio de Cloreto de Potássio, evidenciando com isso a expectativa do aumento de preços das mesmas para os próximos meses.

O petróleo, como sempre, tem sido destaque e tem batido a casa dos US$ 75 obarril. Essa commodity, historicamente, sempre influenciou o preço dos fertilizantes, especialmente os nitrogenados, e se sabe também, que há uma influência direta no preço dos fretes marítimos. É de conhecimento que os custos de produção dos nitrogenados para a indústria estão acima dos valores praticados na comercialização, e isso deve ser reverter brevemente.

A quantidade de fertilizantes entregue ao consumidor, no período de janeiro a maio deste ano, segundo a ANDA, despencaram 27,2% enquanto que, as vendas no mês caíram 16%. Verifica-se ainda o problema do crédito por parte do produtor para a aquisição dos produtos.O momento é muito oportuno para se comprar, mas a recomendação de sempre é estar de olho no mercado, pois as coisas podem mudar da noite para o dia.

 

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