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Preços de produtos agrícolas sobem em média 30 por cento no RN

Quilo de tomate e cebola subiu 100% na última semana


Produtos comprados em estados como Minas Gerais e São Paulo, afetados por enchentes neste início de ano, já estão chegando mais caros ao Rio Grande do Norte. Tomate, laranja, cenoura e batata inglesa estão, pelo menos, 30% mais caros, de acordo com a associação dos supermercados do estado (Assurn). Oferta reduzida e dificuldades no escoamento têm elevado o preço final de frutas, legumes e verduras. No RN, o quilo de tomate e cebola subiu 100% na última semana.


Geraldo Paiva Júnior, presidente da associação dos supermercados, explica que os preços costumam subir neste período, caracterizado pela entressafra, mas que a chuva em excesso deu um 'empurrãozinho', reduzindo ainda mais a oferta e dificultando o escoamento da produção. "O preço já sobe quando chove normalmente, imagine quando chove em excesso". A tendência é que os preços voltem a cair quando a chuva cessar.

Luís Gonzaga Araújo e Costa, analista de Mercado de Produtos Agrícolas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), destaca que o RN também compra frutas, verduras e legumes em estados vizinhos, como Paraíba e Pernambuco. "Mas no Nordeste, não houve nada de anormal que justificasse essa alta", afirma.

A TRIBUNA DO NORTE tentou entrar em contato com o presidente da Ceasa/RN (central de abastecimento do RN) e com o vice-presidente, para saber que alimentos o estado importa das regiões atingidas e se os preços já haviam subido na central, mas não obteve êxito. No último mês, a Ceasa registrou reajuste no preço dos hortifrutigranjeiros. A caixa com 15 quilos de inhame cará subiu 58,3%; o saco com 50 quilos de batata lisa especial subiu 44,4% e o saco com 20 quilos de chuchu subiu 41,6% entre 9 de dezembro de 2011 e 10 de janeiro de 2012.

No mês passado, uma caixa com 30 quilos de tomate santa Adelia saía por R$8. Ontem, era comercializada por R$10. A alta verificada nos produtos da Ceasa, segundo Luiz Gonzaga, da Conab, ainda não é reflexo das chuvas em excesso no Sul e Sudeste. "É uma questão de mercado", esclarece.


A alta nos hortifrúti também foi registrada na Pesquisa da Cesta Básica, realizada pelo Procon Natal. Embora o preço médio da cesta básica tenha caído 1,61% na última semana, passando de R$ 386,32 para R$ 380,11, o das verduras, frutas e legumes subiu em Natal.

RIO

No Rio de Janeiro, onde a chuva provocou alagamentos na cidade e no campo, o preço das verduras e legumes subiu 100%. Segundo matéria publicada no portal de notícias G1, na semana passada, o amarrado da verdura, com aproximadamente um quilo, saía a R$ 4. Na última segunda, era vendido por R$ 9.

A caixa da abobrinha, com 14 quilos, segundo a Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri), passou de R$ 30 para R$ 60. A caixa da vagem macarrão, com aproximadamente 15 quilos, está custando R$ 100, enquanto na semana passada ela custava R$ 40 - um aumento de 150%. Já o quilo do quiabo, que saía em média a R$ 2,15 nos boxes, nesta segunda-feira estava sendo vendido a R$ 3,60.

"Infelizmente, o prejuízo acaba sendo repassado ao consumidor que, além de pagar mais caro, tem menos oferta nos mercados e feiras", declarou o presidente da Acegri, Waldir Lemos, ao portal.

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