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Preços do açúcar encerram a semana valorizados

Mais uma vez, as previsões de uma menor moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil sustentaram os preços da commodity.


Mais uma vez, as previsões de uma menor moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil sustentaram os preços da commodity nas bolsas internacionais na sexta-feira (7). Em Nova York, na Ice Future, ela subiu 31 pontos no vencimento março/17, com negócios fechados a 23,42 centavos de dólar por libra-peso. Valorização também em todos os outros lotes. Os papéis com vencimento em maio de 2017 fecharam cotados a 22,63 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 32 pontos. 

Em Londres, na tela dezembro/16, o açúcar foi comercializado a US$ 598,70 a tonelada, alta de 8,20 dólares no comparativo com a véspera. Nos outros lotes, a variação positiva foi de 6,40 a 8,00 dólares.

O escritório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no Brasil, explicou que a moagem de cana-de-açúcar prevista para o país na safra 2016/2017 é de 608 milhões de toneladas, abaixo das 630 milhões estimadas anteriormente pelo órgão. O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, seguido da Índia, onde as condições climáticas impactaram a produtividade nesta temporada. 

Em seu artigo semanal, o Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, comentou que "ainda é cedo para as previsões de safra da 2017/2018, mas existe um razoável consenso de que ela deverá ser inferior à safra corrente e que também mais açúcar deverá ser produzido com os recursos financeiros que as usinas e destilarias estão investindo para aumentar a capacidade de produção de açúcar. Com o hidratado e o anidro saindo a preços que equivalem ao açúcar bruto na bolsa negociado com descontos de 600-700 pontos em relação à NY, uma conta muito breve mostra que o investimento se paga em menos de 24 meses". 

Ele disse ainda que "o etanol a ser produzido no Centro-Sul no próximo ano não será suficiente para a demanda de combustíveis (ciclo Otto) que estamos prevendo para 2017. Ainda mais se houver redução do preço de combustíveis pela Petrobrás para equalizar os preços internos com o mercado internacional. O etanol terá que subir dos atuais descontos para fazer frente ao aumento de produção de açúcar por parte das usinas para o ano que vem", concluiu Corrêa.

Mercado doméstico

No mercado interno, o açúcar tipo cristal também seguiu valorizado. Segundo o Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi vendida a R$ 96,49, uma alta de 1,04% no comparativo com os preços praticados no dia anterior.

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