Preços do fumo devem continuar baixos
A Afubra prevê que são pequenas as perspectivas de melhora na tabela de preços
A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) prevê que são pequenas as perspectivas de melhora na tabela de preços da safra 2006/07. A negociação entre as entidades representativas dos produtores e o Sindicato das Indústrias Fumageiras (Sindifumo) acontece ainda este mês.
A boa qualidade da safra 2006/2007, aliada ao incremento das exportações e a redução de cigarros contrabandeados no mercado interno são argumentos que poderiam ser usados na obtenção de uma melhor média de preços em relação as últimas vendas.
Porém, a tabela é baseada nas planilhas que apontam o custo de produção. O problema é que as planilhas de custo de produção apontaram diferenças no quesito mão-de-obra nos últimos três anos. Os produtores calculam o preço na prática, a indústria utiliza o Indice Nacional Preços ao Consumidor (INPC) para fixar o valor da mão-de-obra.
A situação deve se repetir durante a negociação, já que a planilha dos produtores indica um pequeno percentual de aumento, mas o levantamento da indústria não. "O problema é a defasagem em relação aos anos anteriores. O produtor teve um aumento de custo de 50% a 52%, mas na prática recebeu de 20% a 22%", explica o coordenador técnico da Afubra em Araranguá, Guido Ripplinger.
Enquanto não há uma definição da nova tabela de preços, os produtores receberão de forma provisória os preços da tabela da safra 2005/06. As diferenças de valores que podem ocorrer serão pagas aos fumicultores após a definição da nova tabela de preços.