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Preços do milho permaneceram inalterados

"Por outro lado, também os compradores do mercado interno não têm motivos para elevar os preços"


A subida nos preços do milho brasileiro acabou sendo paralisada pela nova queda no valor do dólar, segundo informou o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, as consultorias estão elevando as estimativas de produção do cereal, o que colabora com esse paradigma. 

“Por outro lado, também os compradores do mercado interno não têm motivos para elevar os preços, dadas as notícias de possibilidade de elevação da oferta do cereal (todas as consultorias estão elevando as suas estimativas de produção para próximo de 100 milhões de toneladas, contra 81 milhões de toneladas produzidas no ano passado. Além disso, praticamente toda a produção de milho Safrinha, que é consideravelmente maior do que a do milho verão, está sendo colhida agora, aumentando a disponibilidade”, afirmou ele. 

Além disso, ele informou que o Brasil já começou a vender milho para os Estados Unidos. “A unidade brasileira da Archer Daniels Midland-ADM e outros comerciantes de grãos não identificados estão vendendo milho para os Estados Unidos, disseram duas fontes com conhecimento do assunto, citando a Smithfield Foods como compradora do cereal sul-americano. As compras feitas pela maior produtora de carne suína do mundo ocorrem em um momento em que os EUA registram um atraso histórico no plantio de milho, diante de enchentes que estão atrapalhando os trabalhos e ameaçam reduzir a colheita norte-americana, o que resultou em alta nos preços na bolsa de Chicago”, indica. 

“As fontes disseram que a Smithfield possui instalações portuárias na Costa Leste, o que facilita negócios com o milho estrangeiro, como já registrado anteriormente, quando a companhia preferiu importar a trazer grãos caros do Cinturão do Milho norte-americano. Uma fonte disse que a Smithfield, subsidiária do grupo chinês WH, teria encomendado entre 5 e 10 remessas de milho do Brasil, com a mercadoria sendo carregada nos navios entre setembro e janeiro”, conclui. 

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