CI

Preços do milho seguem altos no mercado físico

"Compradores, porém, estão mais relutantes em pagar mais"


Apesar de análises indicando que os preços do milho pararam de subir e podem, até mesmo, começar a cair, as cotações seguem valorizadas no mercado físico brasileiro. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, no Rio Grande do Sul houve alguns poucos negócios nesta sexta entre R$ 38,00 e R$ 40,00/saca, porque a maioria dos vendedores pede R$ 45,00. Um pouco mais para o norte, os negócios, também poucos, saíram ao redor de R$ 36,00/saca. 

No Paraná saiu negócio em Guarapuava a R$ 41,00/saca para retirar e em Ponta Grossa, a R$ 40,00 também para retirar. Compradores a R$ 42,00 CIF fábrica, com poucas ofertas. Alguns compradores estão mais ativos, mas os vendedores continuam retraídos, até porque começou a colheita da soja, cujos preços também subiram, então o produtor deixou milho de lado e foi para soja. Mas, as colheitas estão bem atrasadas: os milhos precoces tem produtividade bem abaixo da média. 

No Mato Grosso do Sul, negócios direto com o produtor a R$ 36,00 em Dourados, R$ 35,00 em Maracaju e Sidrolândia, R$ 34,00 em São Gabriel e no Chapadão. De um modo geral a situação se inverteu: compradores retraídos e vendedores ativos, com exceção da BRF que está bem ativa, inclusive balizando o mercado, tanto spot quanto futuro, mas muito devido à circunstância em que se encontra a empresa. 

Em São Paulo, a semana se encerra sob especulação intensa e sem direção definida nos preços. Nesta sexta-feira (16), agentes discordam e assumem posições diferentes, tanto no mercado físico, quanto no futuro. A baixa liquidez persiste em Campinas-SP, com produtores segurando seus estoques. 

“Compradores, porém, estão mais relutantes em pagar mais e impõem uma grande pressão nas referências. A notícia de que a Conab realizará novos leilões, aumentando a oferta local de milho e de uma possível retração do setor de proteína animal, pelos embargos de exportação, embasam a resistência. Diante da incerteza e da forte queda de braço, intermediários e silos negociam parte dos estoques, visando garantir o bom nível de preço atual. O comportamento gerou um leve aumento de disponibilidade, mas ainda são observados negócios picados acima de R$ 44,00-45,00/sc para compradores com necessidade imediata”, conclui o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.