Prejuízo com estiagem é superior ao da ferrugem no MS
A ferrugem da soja já estava instalada em pelo menos 26 cidades do MS, mas havia perspectiva de que este número fosse maior
Preocupação no início do ano entre os produtores, os prejuízos com a ferrugem da soja já são considerados menores que os causados pela estiagem em todo o Mato Grosso do Sul. A situação fez com que a DFA (Delegacia Federal de Agricultura) suspendesse o levantamento das áreas afetadas pelo fungo, devido a acentuada problemática com a falta de chuvas.
Segundo a DFA, a seca estava “mascarando” a identificação do que era prejuízo com seca e o que seria com a ferrugem. Os técnicos da DFA começaram a percorrer as lavouras de Mato Grosso do Sul para conhecer a extensão dos danos provocados pela ferrugem no dia 14 de fevereiro. Quatro técnicos seguiram por propriedades do Estado para fazer coletas e observação.
A ferrugem da soja já estava instalada em pelo menos 26 cidades, mas havia perspectiva de que este número fosse maior. Conforme a delegacia, durante os dias de fiscalização a constatação é de que os produtores já estavam combatendo o fungo.
A disseminação do fungo, que se propaga por meio de esporos, é favorecida pelas chuvas. O combate é feito por meio de pulverização em momento estratégico para evitar o avanço.
Segundo informações levantadas pelo Rally da Safra 2005, realizado pela catarinense Agroconsult e divulgado na semana passada, houve perdas de 40% na produtividade da soja no Sul de Mato Grosso do Sul. De 50 sacas por hectare a produtividade na região foi reduzida a 30, devido ao estresse hídrico (falta de água).
Na região norte, onde a produtividade foi considerada alta, de 50 sacas por hectares, o problema constatado foi a presença de grãos verdes. Esses grãos sofrem desvalorização de até 30% na indústria.