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Prejuízo do arroz pode ser de R$ 1,7 bi no RS

O resultado baseia-se na queda do valor bruto da produção no Rio Grande do Sul


O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou ontem, na Capital, o tamanho do rombo que a queda de produção e de preço irá causar aos orizicultores gaúchos. Segundo o presidente do Irga, Pery Coelho, mantido o atual cenário, o prejuízo pode chegar a R$ 1,74 bilhão em 2005. A projeção de preço médio da saca para o segundo semestre é de R$ 20,30. O resultado baseia-se na queda do valor bruto da produção no Rio Grande do Sul, estimada em 41% em comparação ao ano anterior.

A estimativa de redução de 8,08% nas lavouras e a diminuição de 32,92% do valor determinam o cálculo. O estudo considerou dados de 30 principais municípios nas zonas produtoras. A colheita dos 50 mil hectares que restam da safra 2004-2005 deve ser encerrada em 15 dias. O cenário é agravado pela estagnação do preço mínimo, de R$ 20,53, inalterado há duas safras. De acordo com o Irga, além dos preços deprimidos, o custo disparou desde 1995. No período, o combustível variou 535% enquanto o preço mínimo foi corrigido 99%.

Todos os dados foram atualizados pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas. Assim como toda a cadeia produtiva, o dirigente quer a revisão do Mercosul e o lançamento de opções públicas, mas reconhece que a demanda do mercado doméstico não tem acompanhando o ritmo do aumento de produtividade.

Por isso, relata Coelho, o Irga trabalha na prospecção de mercados externos e numa campanha para elevar o consumo interno. A demanda de arroz na Região Sul não passa de 18 quilos/habitante/ano contra 60 quilos/habitante/ano do Centro-Oeste.

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