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Preservação: palavra de ordem na Reunião de Ciência do Solo

Começou nesta terça-feira (7), no Hotel Sumatra, em Londrina, a 3ª Reunião Paranaense de Ciência do Solo


Começou nesta terça-feira (7), no Hotel Sumatra, em Londrina, a 3ª Reunião Paranaense de Ciência do Solo.  Uma reflexão sobre os sistemas conservacionistas de produção e a sustentabilidade irá nortear os trabalhos, que prosseguem até quinta-feira.

A presença de mais de 600 participantes que lotaram o auditório mostra a dimensão do evento. Os debates serão concretizados em conferências, painéis, palestras e minicursos e nos mais de 300 trabalhos inscritos. “Temos hoje aqui 115 instituições entre universidades, institutos de pesquisa, cooperativas, empresas de prestação de serviço e assistência técnica e outras ligadas ao agronegócio, todas interessadas em trocar experiências sobre os sistemas de produção, com foco na preservação do solo”, enfatizou o pesquisador Arnaldo Colozzi Filho, presidente da 3ª RPCS.

Participaram da solenidade de abertura Otamir Cesar Martins, representando o secretário de Agricultura, Norberto Ortigara; Gonçalo Signorelli de Faria, presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Florindo Dalberto, diretor-presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); Oromar Bertol, presidente do Nepar; Richard Golba, diretor administrativo da Emater; e José Renato Bouças, chefe adjunto da Embrapa Soja

O foco da ciência do solo na preservação e sustentabilidade foi destacado na manifestação de todos. Arnaldo Colozzi afirmou que há necessidade de atenção ao tema. “É preciso avançar na busca de uma agricultura conservacionista”, disse, lembrando que em algumas áreas de cultivos anuais, perenes e pastagens ainda há ocorrência de degradação do solo.

Colozzi enfatizou também os benefícios da articulação de pesquisadores e técnicos em entidades como o Núcleo Estadual do Paraná (Nepar) da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e que resultam em eventos como a Reunião Paranaense de Ciência do Solo.

Segundo ele, os esforços da pesquisa e assistência colocam o Paraná na vanguarda da produção nacional. “Com a tecnologia gerada e transmitida aos agricultores, temos conseguido apoiá-los na difícil tarefa de produzir e preservar”, afirmou.

Para o diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, a realização da terceira edição da RPCS em Londrina é emblemática. “Nessas terras roxas e com fertilidade reconhecida no mundo inteiro foi construída uma civilização de pouco mais de 70 anos”, disse.

Dalberto acrescentou que o processo de ocupação do território exigiu atenção ao manejo do solo. “O Paraná teve que se exercitar, fazer pesquisa e mobilizar forças para gerar e usar o conhecimento, possibilitando uma relação não predadora com a natureza”, disse.

O presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), Gonçalo Signorelli de Farias afirmou que a RPCS faz parte do portifólio de eventos da entidade, criada em 1947 e uma das mais tradicionais participantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). “A SBCS realiza cinco eventos de caráter nacional e oito regionais em todo o Brasil”, destacou.

Farias afirmou que atualmente as atenções da pesquisa se voltam para a pedosfera, a camada mais externa da terra. “A pedosfera deve ser tratada com visão ampla e holística. É nela que se produz alimentos, fibras e bioenergia, onde se implantam cidades, que dá suporte à biosfera e ainda é o repositório da história da humanidade”, enfatizou.

O presidente da SBCS informou também que o Brasil é participante do Consórcio Mundial dos Solos, composto pelos 197 países da FAO. Para ele a instituição de 5 de dezembro como o Dia Mundial do Solo e de 2015 como o Ano Internacional do Solo comprovam a sua importância para a sociedade e para a natureza.

Representando o secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, Otamir Cesar Martins destacou a importância do evento e descreveu as ações do governo do Paraná no setor. Segundo ele, a Secretaria de Agricultura atua em quatro eixos estruturantes: renda no campo, sustentabilidade, qualidade de vida similar à do meio urbano e segurança alimentar.

“Hoje temos preocupação com a erosão que volta a nos ameaçar e ocorre mesmo em áreas do plantio direto. É preciso atingir produtividade, mas com sustentabilidade”, disse. Ele afirmou que o governo investe R$ 230 milhões em programas como o ProRural, programa de microbacias e no manejo e manutenção de estradas rurais.

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