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Presidente da Cooplantio acredita que OGMs e plantio direto vão causar mudanças no mercado


O presidente da Cooperativa dos Produtores de Plantio Direto (Cooplantio), Daltro Benvenuti, destacou que o avanço e a regularização do uso de transgênicos e a evolução da técnica do plantio direto, que hoje abrange cerca de 50% do território nacional, vão provocar grandes mudanças no mercado. Segundo ele, caso haja a liberação definitiva dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) no Brasil, as empresas de defensivos químicos terão que se adaptar a essa nova realidade se não quiserem perder mercado.

“Desde quando a Argentina começou a utilizar transgênicos e a adotar a técnica do plantio direto, aproximadamente nove empresas de defensivos químicos deste país já fecharam”, ressaltou Benvenuti citando o exemplo argentino. “O uso de agroquímicos foi reduzido com a técnica do plantio direto e com o plantio de transgênicos”, complementou.

Também afirmou que o grande mercado do futuro não será o de defensivo químico, e sim o de sementes. Observou que a planta que for resistente àquela praga ou a determinada doença, com o uso de um único defensivo, terá preferência por boa parte dos produtores. “Esse nível de conhecimento vai ser adicionado às sementes e não mais nas indústrias químicas. O produtor que não estiver interado com essa mudança vai ficar para trás”, alertou.

Benvenuti explicou que a transgenia na China, por exemplo, é uma realidade, sendo um dos países que mais cultiva OGMs no mundo. Afirmou que o país asiático já está desenvolvendo tecnologias de biotecnologia mais muito mais barata em comparação com a dos Estados Unidos. “Quando a biotecnologia for realmente instalada no Brasil, os norte-americanos já terão uma pressão muito forte dos chineses com produtos mais simples e acessíveis a oferecerem aos produtores brasileiros”.

Conforme ele, essa situação deve ser encarada com seriedade pelo governo brasileiro, visto que o país está “perdendo tempo” em não realizar pesquisas sobre as possibilidades de risco que os transgênicos podem causar à saúde humana e ao meio ambiente. Para isso, Benvenuti defende a realização de testes com transgênicos, pelo contrário, “os produtores brasileiros terão que comprar sementes geneticamente modificadas dos EUA e da China”, acredita.

Lançamento do segundo informativo técnico

A Cooplantio lançou nesta terça-feira (30-09) o segundo informativo técnico na forma de livro com o objetivo de auxiliar o produtor a melhorar a produtividade de sua lavoura. Segundo o gerente técnico da cooperativa, Dirceu Gassen, o livro deve representar um elo entre a geração de informações, por parte de universidades, com o produtor. “O objetivo é elaborar a informação com base na evolução da agricultura, isto é, proporcionar ao produtor melhor rendimento e menor impacto no meio ambiente”, disse Gassen.

Outra meta da Cooplantio é juntar produtores com alta e pequena produtividade para que possam trocar conhecimento sobre manejo. Conforme Gassen, o informativo é direcionado ao agricultor jovem preocupado com novas tecnologias aplicadas no campo. O informativo também possibilitará ao produtor, por exemplo, se preparar para uma possível estiagem na lavoura com as informações técnicas do livro. “Além da informação, nós oferecemos também a solução”, resume.

O gerente técnico acrescentou a importância da prática do GPS nas lavouras para que o agricultor saiba onde está produzindo mais e identifique as áreas de menor rendimento. Destacou também que a técnica do plantio direto, além de eliminar a necessidade de queimadas na hora do plantio, fixa o carbono no solo, o que evita a contaminação do ar. Além disso, essa técnica reduz o risco de erosão no solo em até 96% e diminui o consumo de diesel em máquinas agrícolas. A Cooplantio conta hoje com 43 filiais nos três estados do Sul e mais de 16 mil filiados.

Para maiores informações sobre o informativo basta entrar no site da cooperativa: www.cooplantio.com.br

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