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Processo de comercialização de soja está parado no Rio Grande do Sul


O presidente da Federação das Cooperativas Agrícolas do Estado (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, disse que a crise na exportação de soja para a China, iniciada em março com a remessa do grão àquele país, já causa prejuízos a produtores e cooperativas. Polidoro Pinto, que acompanhou a comitiva do Mapa em Rio Grande, não soube quantificar números, mas afirmou que o processo de comercialização está parado, com navios aguardando o desfecho da questão em diferentes portos.

"Com a cobrança a partir da próxima semana teremos como ver os valores das perdas", projetou. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, anunciou que manteve contato ontem com o Banco do Brasil (BB) para expressar a preocupação com o vencimento da parcela dos custeios no próximo dia 15. "O presidente da República receberá relatório da visita amanhã (hoje). No prazo máximo de 48 horas daremos seqüência à tratativa de criar mecanismos com o banco", garantiu. Segundo ele, mais de 80% dos vencimentos estão com o Banco do Brasil.

Já o presidente do Complexo Portuário Termasa/Tergrasa, Caio Vianna, ressaltou que a soja é de qualidade e o que está havendo é um impasse comercial e diplomático. "Nenhuma empresa chinesa pediu para renegociar contrato". Frisou que o produtor que paga o navio, tem prejuízo de 44 a 54 mil dólares/dia por embarcação e nos terminais, um navio que deixa de carregar soma perdas de 240 mil dólares/dia.

O secretário da Agricultura, Odacir Klein, citou que a fiscalização tem que ter rigor, mas ser igual no país. O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, ressaltou que entre os exportadores o clima é de pessimismo: "Novos negócios nem pensar", sentenciou.

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