Procura 243% acima da oferta em MT
Conab disponibilizou prêmio para 320 mil toneladas, enquanto a procura foi de 1,1 milhão de toneladas
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou nessa terça-feira (21) o 1º leilão de Pepro de milho com o objetivo de escoar a produção de milho do Centro-Oeste para outros estados do país ou para exportação. Em Mato Grosso, a oferta ficou muito aquém da necessidade. A Conab disponibilizou prêmio para 320 mil toneladas, enquanto a procura foi de 1,1 milhão de toneladas. Com a demanda 243% acima da oferta, os prêmios para as três regiões do estado sofreram deságio
Nas regiões norte e médio norte os prêmios perderam 38% do valor, saindo de R$ 5,46 para R$ 3,36 no norte e de R$ 4,86 para R$ 3,01 no ao médio norte. A maior queda ocorreu na região sul do estado, que teve o prêmio inicial reduzido de R$ 4,26 para R$ 1,28, um deságio de 70%.
No total foram leiloados prêmios para 500 mil toneladas em todo país, das quais 451 mil foram arrematados.
Para os produtores goianos foram disponibilizados 80 mil toneladas, as quais foram arrematadas integralmente ao preço de abertura, de R$ 2,16. Ocorreu que, em Goiás, a demanda por contratos foi muito próxima do ofertado pelo governo federal. Para o Mato Grosso do Sul, a Conab ofertou 100 mil toneladas, porém o interesse foi de apenas 51 mil. Sendo assim, o prêmio também fechou com o preço de abertura, de R$ 2,76 por saca.
Apesar de o deságio atrapalhar as expectativas, executivos da Associação dos Produtores de Milho e Soja (Aprosoja), que estiveram nessa terça-feira (21) em Brasília, confirmaram no final da tarde que Mato Grosso terá nova oferta, outras 500 mil toneladas de milho, para serem comercializadas no próximo leilão da Conab, na segunda oferta via Pepro do ano, no dia 4 de agosto. O volume será 56% maior que as 320 mil/t ofertadas nessa terça-feira.
Em reunião nessa terça-feira , no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Brasília, o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira, o diretor administrativo, Ricardo Tomczyk, e o diretor executivo, Marcelo Duarte Monteiro, solicitaram 200 mil toneladas para a região norte, 200 mil para o médio norte e 100 mil toneladas para o sul, e foram prontamente atendidos pelo diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola, José Maria dos Anjos, e o coordenador de Cereais e Culturas Anuais, Silvio Farnesi.
Segundo Glauber, no encontro os representantes do Mapa informaram que o próximo leilão não terá limite de volume por CPF de produtor participante, assim como foi o certame de nessa terça-feira. “Mas, ficou definido que do total de leilões a serem realizados este ano, metade terá limite de 25 mil sacas por CPF”, pontua, ao lembrar que a medida faz-se necessária porque possibilita que um número maior de produtores participe dos leilões.
Os diretores pediram ainda que o volume alocado para o Prêmio para o Escoamento da Produção (PEP) seja transferido para o Pepro e os representantes do Mapa vão avaliar a demanda. O próximo leilão de PEP está marcado para o dia 28 de julho, com 320 mil/t para Mato Grosso.
