Produção cresce a passos largos
O crescimento em volume vai de 20% a 30% ao ano segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar)
As estatísticas sobre a produção orgânicos ainda estão sendo sistematizadas tanto no âmbito estadual como no nacional. No Paraná, os últimos dados são da safra 2007 e indicam que 5,3 mil produtores colheram 105 mil toneladas de alimentos em 12,7 mil hectares. O crescimento em volume vai de 20% a 30% ao ano segundo o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). A base dos dados são os produtores atendidos pelos técnicos do instituto e não considera indústrias focadas na exportação, por exemplo.
O projeto Organics Brasil, que surgiu no Paraná em 2005 e hoje reúne 64 empresas de todo o país interessadas em exportar, fechou 2008 com embarques de US$ 58 milhões, mais que o dobro do resultado de 2007 (US$ 21 milhões). O coordenador do programa, Ming Liu, prevê a abertura de novos mercados em 2009, como Canadá, Reino Unido, Emirados Árabes. Em sua avaliação, a regulamentação da produção no Brasil abre caminho para mais investimentos no mercado interno, medida que depende de lastro no aumento do consumo.
O governo federal começou a medir as exportações de orgânicos em agosto de 2006 – não havia um código que separasse esses produtos dos demais alimentos. De lá para cá, o volume e o valor dos embarques da nova rubrica oscilam mensalmente. Variam de 2,6 mil a 420 toneladas. O faturamento do ano passado desses produtos foi de US$ 12,4 milhões – US$ 939 por tonelada. Em 2007, tinha sido de US$ 11,9 milhões – ou US$ 611/t.
Mais da metade dos produtos orgânicos exportados pelo código adotado em 2006 derivam da soja (60%). Em segundo lugar estão os orgânicos derivados da cana-de-açúcar, com 25%. Mangas refrigeradas e café empatam com 8,6%. Os demais itens incluem de tapioca a cocos secos produzidos sem agrotóxicos. (JR)
