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Produção de etanol não afeta disponibilidade de alimentos, esclarece UNICA a japoneses

Representante-chefe da Unica diz que se trata de um mito a disputa entre a produção de biocombustíveis e de alimentos


A produção de biocombustíveis, em especial do etanol, não afeta a oferta e os preços dos alimentos. Esse foi o principal esclarecimento feito pelo representante-chefe da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) para a América do Norte, Joel Velasco, a grupo de 300 empresários japoneses que integram a Nippon Keidanren, a principal entidade empresarial do país.

A disponibilidade e o valor com que os alimentos chegam ao mercado é uma das grandes preocupações do governo e dos empresários japoneses, em razão do país importar mais de 60% do que consome.

Velasco mostrou aos empresários japoneses que se trata de um mito a disputa entre a produção de biocombustíveis e de alimentos. “Em primeiro lugar, o Brasil conseguiu substituir 50% de seu consumo de gasolina por etanol de cana-de-açúcar. O segundo aspecto importante a se observar é que o cultivo de cana para produção de etanol não ultrapassa 1% do total das terras aráveis do País. E ainda, um terceiro fator: mesmo sendo o maior e mais desenvolvido mercado de biocombustíveis do mundo, o Brasil é também um dos maiores produtores e exportadores de alimentos”, ressaltou.

O representante-chefe da UNICA na América do Norte destacou também a preocupação do setor quanto ao desenvolvimento sustentável. “O trabalhador do setor sucroenergético brasileiro é um dos mais bem pagos da agricultura brasileira e quase 100% deles têm carteira assinada”, destacou, lembrando que 13% dos trabalhadores da agricultura americana são imigrantes ilegais, de acordo com o Pew Hispanic Center”, comparou.

Velasco questionou ainda os empresários japoneses quanto a utilização de mistura de etanol na gasolina consumida hoje no país, em 3% (E3) ou 10% (E10), e também sobre qual seria o combustível que os países com economia em desenvolvimento, como a China e a Índia estaria utilizando quando aumentarem a proporção de veículos por habitante. “Eles vão usar o etanol limpo ou a gasolina em extinção”.

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