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Produção de fertilizantes no país vai atingir 20,5 milhões de toneladas


A produção de fertilizantes no Brasil para este ano deve chegar a 20,5 milhões de toneladas, alta de aproximadamente 10% sobre o percentual de 2002 que chegou a 19,1 milhões de toneladas. Essa seria a primeira vez que o setor ultrapassaria a barreira das 20 milhões de toneladas, um recorde de produção. A avaliação é do presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul, Torvaldo Marzolla Filho.

Para que haja esse crescimento, ele destaca que o desempenho em 2003 deverá seguir a tendência do ano passado, visto que a produção de grãos vem crescendo a cada ano. “A área plantada no Brasil permanece em torno de 40 milhões de hectares, porém a evolução tecnológica está proporcionando ganho de produtividade, e conseqüentemente, aumenta o consumo de adubo”, explica Marzolla. Conforme o relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de grãos para 2003 vai superar a marca dos 113 milhões de toneladas.

Somente no primeiro trimestre desse ano, de acordo com o presidente do sindicato, o consumo de fertilizantes no Brasil cresceu 800 mil toneladas, alta de 13% em comparação com igual período do ano passado e superando o consumo da Argentina. Somente no Estado do Rio Grande do Sul essa alta foi de 36,2%, e no mês de março, de 59,3%. Mesmo com números expressivos, o preço elevado pago pela matéria prima destinada à fabricação do produto, na maioria importada, obriga as empresas a repassar ao produtor o custo de fabricação. Em decorrência da guerra no Iraque, os fretes marítimos tiveram aumento de 25%. Como o Brasil importa fósforo da Tunísia, região do Golfo Pérsico, o preço do produto no mercado interno chega a registrar uma alta de 40%, somado a outros impostos do país. A uréia, por exemplo, outro insumo adquirido pelo país, está custando hoje mais de US$ 200 a tonelada.

O aumento do preço do fertilizante passado ao produtor é automaticamente repassado ao consumidor, prejudicando o trabalhador brasileiro de baixa renda. Com o objetivo de reverter esse quadro e ajudar com o programa Fome Zero do governo federal, o setor está reivindicando que os impostos sobre a matéria prima importada seja nula. “Fome zero, imposto zero também”, ressalta Marzolla. Ele afirma que essa atitude permitiria desonerar o produtor e resultaria em preços mais baixos aos produtos alimentícios.

Na sexta-feira (02-05), o setor entregará ao presidente Lula uma proposta para que o pequeno agricultor possa triplicar sua produção, sem aumentar a área plantada, somente com o uso correto de fertilizantes. Essa produção seria destinada a restaurantes populares e escolas municipais. Os empresários também estão desenvolvendo uma cartilha de procedimentos mínimos de segurança industrial para evitar possíveis acidentes de trabalho que possam ocorrer com seus funcionários.

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