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Produção de mel em franca expansão

Brasil exportou 20,6 mil toneladas do produto, crescimento de 17,8% em relação a 2010


O setor da apicultura a cada ano se desenvolve mais. De janeiro a novembro do ano passado, o país enviou ao exterior 20,6 mil toneladas de mel, gerando uma receita de US$ 65,2 milhões. Os números representam um aumento de 24,1% em valor e 17,8% em peso, em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento do Sebrae. Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras de mel, com receita de US$ 42.831.845, respondendo por mais da metade do total. A Alemanha ficou em segundo, com US$ 12.210.794. O Reino Unido absorveu US$ 4.826.151 dessas vendas.


O estado de São Paulo lidera a lista dos estados brasileiros exportadores, com 5,3 toneladas, ao preço de US$ 3,19 o quilo e valor total de US$ 16,9 milhões. Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 3,9 toneladas, US$ 3,08 o quilo e US$ 12,1 milhões. Em terceiro, aparece o Ceará, com 3,6 toneladas, US$ 3,14 o quilo e US$ 11,5 milhões. O Piauí está em quarto lugar, com 3,3 toneladas e US$ 10,9 milhões. Este estado foi o que conseguiu vender o mel por melhor preço, US$ 3,23 por quilo.

Em Mato Grosso, de acordo com informações da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), uma colmeia produz em média 30 quilos de mel por ano. Sendo que na região do Pantanal a produção quase duplica, ou seja, atinge 50 quilos de mel/ano. O Estado possui 1.200 apicultores com uma produção de 500 toneladas de mel por ano (IBGE/2008). No mercado, o produto está sendo vendido a R$ 20,00 o quilo.

O projeto de apicultura da Baixada Cuiabana é executado pela Empaer, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar) e recente parceria com o Rotary Internacional, que vai financiar o kit apicultura. Segundo o biólogo da Empaer, João Bosco Pereira, o kit que será repassado para o apicultor está abaixo do custo de mercado , pois será fabricado com madeira apreendida pela fiscalização e confeccionado por presidiários. Sendo o custo para iniciar a atividade é de R$ 1.580. O projeto é abrangente, buscando a viabilidade econômica, social e também a preservação da natureza.


Em Chapada dos Guimarães, por exemplo,a área do Parque Nacional pode ser explorada e contribuir com a conservação e preservação ambiental, evitando as queimadas e tornando os apicultores agentes voluntários para
manter o pasto apícola na região. O kit apicultor será repassado aos interessados a partir de março de 2012.

O pesquisador explica que depois de um ano de produção, quando acontece a primeira colheita, o produtor que participa do projeto vai pagar o investimento com o produto que será comercializado para merenda escolar e revertido em novos kits para produtores interessados em cultivar abelhas. O projeto começou com a instalação de apiários e recuperação da mata ciliar nas comunidades de pescadores e indígenas na região Sul do pantanal, nos municípios de Santo Antônio de Leverger e Barão de Melgaço. Técnicos do Senar estão qualificando e treinando as famílias interessadas na atividade apícola com orientações teóricas e práticas sobre a criação de abelhas africanizadas Apis mellifera.

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