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Produção de soja da Bolívia atrai produtores brasileiros

Analista da Famato está na Bolívia


O analista de Pecuária do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Carlos Augusto Zanata, está na Bolívia para conhecer de perto a realidade dos produtores rurais do país e também participar da Expocruz 2012 - Feira Internacional de Santa Cruz de la Sierra.


De acordo com Zanata, a produção de soja na Bolívia vem se desenvolvendo muito nos últimos anos e atrai inúmeros produtores brasileiros e mato-grossenses. A safra 2011/2012 boliviana foi de 2,2 milhões de toneladas, o equivalente a apenas 10% da produção mato-grossense no mesmo ciclo, que atingiu 21 milhões de toneladas. A produtividade também é mais baixa do que em Mato Grosso, por volta de 38 a 42 sacas por hectare, enquanto os produtores mato-grossenses colheram 50 sacas por hectare na safra 2011/2012, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea)

Nesta sexta-feira (28-09), Zanata participou de uma reunião com representantes da Associação de Produtores de Oleaginosas e Trigo (Anapo), que representa 14 mil produtores de soja e trigo do país. “O sojicultor boliviano ainda enfrenta algumas dificuldades em relação à aquisição de sementes de soja transgênicas. A área utilizada é de aproximadamente 2 milhões de hectares, porém já foi realizado um levantamento onde se identificou 20 milhões de hectares aptos à produção de soja na Bolívia”, explica o analista.

O analista também se reuniu com representantes da Associação dos Avicultores da Bolívia. Atualmente, este setor vive um momento de otimismo devido à perspectiva futura de crescimento na produção e consumo de carne de frango. “É interessante destacar que toda a tecnologia utilizada na Bolívia foi importada do Brasil, principalmente dos estados da região Sul”.

Expocruz - Segundo Zanata, a feira chama a atenção por sua grande estrutura, movimento de pessoas e países participantes e pela diversidade de itens expostos, que vão desde produtos agropecuários e máquinas agrícolas, até roupas e móveis. Ao todo, são 27 países participantes. “A feira é uma grande oportunidade de negócios, por isso se vê muita gente comprando os produtos expostos e as empresas se preparam para este evento na intenção de vender e atrair novos mercados”, comenta o analista.


“No setor de exposição de animais, observamos que há muito gado da raça nelore, todos eles com material genético, como sêmens e embriões, importados do Brasil. Isso fez com que a Bolívia alcançasse um excelente plantel de nelore PO (Puro de Origem)”, conclui Zanata.
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