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Produção de soja e milho será 48% maior até 2023 no MT

Previsão do Mapa é que sejam produzidas 61,4 milhões de t


Previsão do Mapa é que sejam produzidas 61,4 milhões de toneladas no Estado

Produção de soja e milho pode chegar a 61,403 milhões de toneladas em Mato Grosso, ao final desta década. Evolução representa acréscimo de 20 milhões de (to) ou 48% sobre o volume apontado para a atual safra, equivalente a 41,385 milhões (t), segundo projeções da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com o cultivo da soja, a produção esperada é de 34,312 milhões (t) para a safra 2022/2023, sendo 42,2% acima da quantidade obtida neste ano, de 24,130 milhões (t).


Análise do Mapa aponta para avanço de 45,5% na área ocupada com a oleaginosa, que deve crescer 3,555 milhões de hectares no intervalo dos próximos 10 anos, variando dos atuais 7,805 milhões (ha) para 11,360 milhões (ha). Cenário desenhado para o milho não é diferente: no transcorrer dos 10 anos seguintes, Mato Grosso pode garantir a oferta de 27,091 milhões (t) do cereal, incrementando em 57% a produção sobre a safra 2012/2013, projetada em 17,255 milhões (t) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para o grão, é esperado um avanço de 23,2% na área plantada, que poderia subir dos atuais 2,784 milhões (ha) para 3,430 milhões (ha).

Em todo país, a produção dos principais grãos - como soja, milho, trigo, arroz e feijão deverá passar de 177 milhões (t) para 222 milhões (t). Coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, não descarta avanço ainda maior, proporcional a 300 milhões (t) com esses 5 produtos, o que representaria acréscimo de 69%. Porém, esse resultado exigirá um esforço maior de crescimento, já que nos últimos 10 anos a produção nacional de grãos cresceu 58%, afirmou. 

Para o economista especializado em agronegócio e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Adriano Figueiredo, é possível incrementar a produção de grãos no Estado da maneira como já vem sendo feita atualmente, com a conversão de áreas de pastagem para agricultura. “Na região do Araguaia e no médio norte mato-grossense os produtores têm investido mais intensamente nesse processo, além de trabalharem mais a integração lavoura-pecuária-floresta”.

Cana-de-açúcar - Área ocupada com os canaviais em Mato Grosso também tem espaço para evoluir, segundo o Mapa. Pela projeção, o crescimento possível ao final dos próximos 10 anos é de 27,2%, fechando esse ciclo com 325 mil (ha) plantados, ante os 255 mil (ha) mantidos atualmente. Com o avanço no plantio, a produção de cana pode subir 26,7%, variando de 17,088 milhões (t) no ciclo 2012/2013 para 21,649 milhões (t). De acordo com o diretor do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool/MT), Jorge dos Santos, a ascensão do Estado para a condição de maior produtor mundial de biocombustíveis é certa. Mas, para alcançar esse posto, será preciso melhorar muito ainda a logística de transporte.

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