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Produção de tabaco cai 16% no Paraná

O VBP do tabaco represente cerca de 1% do total das culturas no Paraná


Foto: Pixabay

A produção de tabaco no Paraná encerrou com um total de 144,4 mil toneladas, representando uma queda de 16% em comparação ao ciclo anterior. Apesar da expansão da área cultivada em 4%, passando de 72 mil para 74,6 mil hectares, a redução foi atribuída principalmente à falta de luminosidade entre outubro e novembro, prejudicando o desenvolvimento das plantas, além do encharcamento das áreas que resultou em perdas totais de lavouras e dificuldades no enraizamento das plantas, limitando seu potencial de crescimento. Esses fatores refletiram em produtividades inferiores a dois mil kg/ha, repetindo as perdas do ciclo 15/16, influenciado por um El Niño intenso.

Os dados constam no Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 5 a 11 de abril, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Apesar da valorização dos preços, a média recebida pela arroba do fumo de estufa foi de R$ 295,18 em março de 2023, 12% maior do que os R$ 263,83 praticados em março de 2024. Essa situação resultará em uma queda no Valor Bruto da Produção (VBP) do tabaco em 2024 comparado a 2023, que foi um ano positivo para os produtores com maior produção e preços elevados.

Embora o VBP do tabaco represente cerca de 1% do total das culturas no Paraná, em alguns municípios do Sudeste Paranaense, como São João do Triunfo, o tabaco representa mais da metade da renda agrícola, enquanto em Rio Azul, Piên e Guamiranga, pelo menos um terço. Esses municípios devem sentir mais as perdas, estimadas em aproximadamente R$ 700 milhões.

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