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Produção e comércio mundiais de carnes em 2016 na visão da FAO

FAO prevê que em 2016 a produção mundial das quatro principais carnes permanecerá estável em relação a 2015, apresentando crescimento


Em seu mais recente Food Outlook, lançado agora em outubro, a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prevê que em 2016 a produção mundial das quatro principais carnes – pela ordem: suína, avícola, bovina e ovina – permanecerá estável em relação a 2015, apresentando crescimento mínimo (+0,2%).

Entre as quatro, apenas uma – a carne suína – tende a apresentar queda de produção. Em nível também mínimo (-0,6%), mas suficiente para fazer com que o produto atinja o menor nível do triênio 2014/2016.

Em oposição, a maior expansão está reservada para as carnes avícolas (fundamentalmente, carne de frango). Mas em nível extremamente moderado, pois é apontado crescimento próximo mas inferior a 1%, mesmo índice previsto pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), cujas projeções estão restritas à carne de frango.

Para o comércio mundial (exportações e importações) é previsto incremento médio de 4,4%, índice de expansão aplicável também às carnes avícolas. Aqui, a FAO prevê aumento significativamente maior – quase 11% - para a carne suína e explica que o carro-chefe dessa expansão é a China, cujas importações do produto neste ano podem aumentar mais de 30%. 
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Ainda que todos esses dados sejam importantes, o detalhe que mais chama a atenção é o referente ao volume de produção das carnes suína e avícola. Ou seja: em 2014, a produção avícola correspondeu a 95% da produção suína, índice que subiu para 98% no ano passado e, neste ano, deve ficar próximo de 99,5%.

O que se quer dizer, neste caso, é que a previsão de que as carnes avícolas superariam a carne suína só por volta de 2020 pode estar sendo antecipada. Eventualmente, até para 2016. E, novamente, por conta de forte retração na produção chinesa.

Notar, a propósito, que 10 anos atrás, em 2006, a carne suína respondia por 40% da produção mundial e a carne avícola por 31% - diferença de nove pontos percentuais. Pelas atuais projeções da FAO, cada uma está agora com cerca de 37% do total. E a diferença a favor da carne suína caiu para apenas 0,2 ponto percentual. 

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