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Produção e plantio de arroz têm queda na última safra

No Rio Grande do Sul o excesso de chuvas entre atingiu lavouras que estavam na fase final de desenvolvimento


No Rio Grande do Sul o excesso de chuvas entre atingiu lavouras que estavam na fase final de desenvolvimento

A produção brasileira de arroz fechou a safra 2015/2016 com 10,6 milhões de toneladas. O número indica uma queda de 1,8 milhões de toneladas, se comparada a última safra, que contabilizou 12,4 milhões de toneladas. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a redução é justificada pelo fato dos produtores terem migrado do cereal para outras culturas, como a soja e o milho. Sendo que o clima também prejudicou a produção.

No Rio Grande do Sul, responsável por 70% do montante nacional, o excesso de chuvas entre janeiro e fevereiro atingiu as lavouras que estavam na fase final de desenvolvimento. Por conta desses fatores, a colheita foi prejudicada, ocasionando perdas de qualidade e quantidade do cereal. Os dados da Conab revelaram baixa nos estoques de passagem do arroz, que até o momento conta com 315 mil toneladas. Na safra passada, essa reserva estava em 962 mil toneladas.

De acordo com Alan Malinski, assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a informação é preocupante uma vez que essa quantidade é equivalente a aproximadamente 10 dias de consumo nacional. Tanto, que qualquer imprevisto com relação à oferta e demanda poderá ocasionar falta do produto no mercado e preços podendo sofrer um aumento significativo. Com relação ao consumo na safra 2015/16, o número se manteve nos mesmos 11,4 milhões de toneladas de 2014/15.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cada brasileiro consome, em média, 25 quilos de arroz ao ano. Recentemente a Embrapa Arroz e Feijão disponibilizou a pesquisadores, extensionistas, produtores rurais e, em especial, aos atores da cadeia produtiva do arroz, a publicação “O Passado e o Futuro da Cadeia Produtiva do Arroz em Mato Grosso”. Fruto de pesquisas e estudos realizados pelos analistas Carlos Magri Ferreira e Alessandra da Cunha Moraes e os pesquisadores, Luís Fernando Stone, e, Jaison Pereira de Oliveira, o documento descreve a importância da orizicultura mato-grossense, que ganha destaque no agronegócio regional e nacional.

Na publicação, são apresentadas informações qualitativas e quantitativas sobre o setor, dando uma visão geral da orizicultura mato-grossense, destacando o essencial papel desempenhado pela agroindústria beneficiadora de arroz no estado no período de 1990 a 2012.No aspecto econômico os levantamentos realizados apontam os desafios da orizicultura mato-grossense, que estão relacionados à competitividade com o arroz produzido no Sul do país e com outras commodities, principalmente a soja.

Contudo, o estudo trata, ainda, de outros aspectos relacionados à desmistificação do arroz em Mato Grosso, falando de temas ligados à degradação do meio ambiente e a necessidade de melhoria em infraestrutura para armazenamento e secagem. Conforme o socioeconomista da Embrapa Arroz e Feijão, Carlos Magri, as questões tecnológicas estão intrinsicamente ligadas à capacidade de ofertar o produto na quantidade demandada, por meio de processos produtivos que superem as restrições de uso e resiliência de recursos como água, solo, biodiversidade e disponibilidade de terras agricultáveis. 

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