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Produção e preço do feijão desanimam produtores do PR

Os produtores da região de Pato Branco (PR) estão intensificando a colheita para evitar maiores perdas com o clima


Os produtores de feijão da região de Pato Branco (PR) estão intensificando a colheita para evitar maiores perdas na produção por causa das intempéries climáticas. No mês de setembro, com o frio, as culturas sofreram danos em áreas localizadas e também com a falta de chuva no mês de dezembro. Nas últimas semanas muitos produtores estavam apreensivos com a seqüência de chuvas que atingiam a região, comprometendo a qualidade do grão.

Neste início de ano as previsões meteorológicas indicam que vai chover nos próximos dias, fazendo com que os agricultores apressem a colheita. Na situação em que encontram-se os grãos nas lavouras mais adiantadas, caso haja mais uma chuva, estes podem começar a brotar, perdendo valor de mercado. Esse fator agrava ainda mais o cenário de cotação do alimento, que está trabalhando em baixa - entre R$ 35,00 e R$ 45,00 a saca. Se comparado à safra passada, os valores sofreram uma redução brusca - em torno de 70%.

Produtor

A preocupação com os dois fatores - tempo/preço, foi reafirmada pelo produtor Leucimar Olivo, na comunidade de Teolândia, que esteve, literalmente, salvando o feijão carioca da lavoura na manhã de ontem. Ele relatou que na sua propriedade e redondezas ficou sem chover por 25 dias - no final de novembro até dezembro, pegando em cheio o período em que a planta mais necessitava de água para formar o grão. "Além de faltar chuva neste período, ainda tivemos cerca de oito dias com tempo chuvoso, quando a planta já estava praticamente pronta para a colheita. Os grãos que estavam nas vagens em contato com o solo começaram a brotar e só não houve mais estrago porque parou de chover logo. Mesmo assim a qualidade do grão ficou ruim, devendo ganhar menor preço", ressaltou Olivo.

O produtor também comentou que na lavoura em que esperava colher até 90 sacas por alqueire, esse número não deve ultrapassar 60 sacas. "Com os problemas causados pelo tempo, acredito que tive quebra de produção em torno de 35%. Mesmo assim vou poder pagar os custos da safra, não acumulando dívida e esperando que a safrinha de soja compense as perdas", frisou o agricultor, que tem dado preferência para a colheita braçal, oferecendo trabalho temporário para mais de 80 pessoas no arranque da cultura.

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