CI

Produção paranaense de verão deve diminuir 2,4%


Na safra de verão 2003/2004, o Paraná deve colher 19,43 milhões de toneladas de grãos. O volume é 2,4% menor que o obtido no ano anterior, quando o Estado alcançou uma produção de 19,9 milhões de toneladas. Apesar da pequena redução no volume produzido, a área cultivada com algodão, amendoim, arroz, feijão, milho e soja aumentará 1,5%, atingindo 5,64 milhões de hectares. A informação é da engenheira agrônoma Vera da Rocha Zardo, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab). O órgão divulgou, ontem (07-08), a primeira estimativa da safra de verão paranaense. Confirmando as expectativas do setor, a área de soja vai aumentar em detrimento das lavouras de milho. Essa tendência, aliás, explica a redução na estimativa de produção. ""O milho produz mais por hectare"", explicou Vera. A preferência pela soja, de acordo com a engenheira agrônoma, decorre da boa liquidez e da rentabilidade favorável do produto com relação ao milho. O levantamento do Deral indica que os produtores têm intenção de cultivar 3,8 milhões de hectares (ha) de soja, totalizando uma área 5,4% maior que a do ano anterior. Se as condições climáticas forem favoráveis, a produção vai aumentar 4,9%, atingindo 11,4 mil toneladas. ""Caso esse número se confirme, será o quarto recorde consecutivo"", afirmou, lembrando que a oleaginosa representará, na primeira safra de verão, 67% da área plantada e 58% da produção total do Estado. Com relação ao milho, os preços praticados na última safra frustraram os produtores, que plantarão agora uma área 8% menor. A estimativa é que as lavouras ocupem 1,34 milhões de hectares e produzam 7,2 milhões de toneladas na primeira safra, com redução de 12,3% na produção. Vera observou que a estimativa do volume de milho a ser produzido diminuiu mais que a estimativa de área. ""Provavelmente, os produtores mais tecnificados migrarão para a soja"", comentou. Ela afirmou que a atual conjuntura confirma que o Brasil está se tornando cada vez mais dependente da safrinha de inverno, que oferece riscos por causa do clima desfavorável. ""No ano que vem, a área da segunda safra deve superar a área do milho de verão"", avaliou. O mercado desfavorável também deve ser responsável pela diminuição de 2,9% na área de feijão. O engenheiro agrônomo Richardson de Souza, do Deral, informou que neste ano o Estado vai plantar 397,3 mil hectares na safra de águas. A saca do feijão cores estava cotada, ontem, a R$ 54,00, ante a média de R$ 85,00 no início do ano. A expectativa é que o Paraná, maior produtor brasileiro, colha de 476 mil toneladas a 543 mil toneladas nesta primeira safra, indicando crescimento médio de 2,5%. Em percentuais, o algodão é a cultura que mais deve crescer, em área, na safra de verão. A estimativa é que as lavouras ocupem 32.558 ha, totalizando 10,5% de aumento. A produção atingirá 74,4 mil toneladas de algodão em caroço, indicando 7,7% de crescimento. ""A área deve aumentar porque a rentabilidade da última safra foi muito boa"", explicou Vera.

Conteúdo exclusivo para Cadastrados

Se você tem cadastro no Agrolink, faça seu login ou faça cadastro no Agrolink de forma GRATUÍTA
e tenha acesso aos conteúdos do site.

Já tenho cadastro
Não tem conta? Cadastre-se aqui

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.