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Produtores conhecem tecnologia para defensivos no Show Rural Coopavel


A aplicação correta de defensivos e cuidados com adubação das lavouras de grãos podem trazer economia e maior rentabilidade para os produtores. A necessidade de produtores adquirirem maior conhecimento do assunto levou a Emater e a Coopavel a oferecerem cursos e treinamentos durante o Show Rural 2003. Os técnicos estão apresentando um programa de monitoramento e recomendações em fertilidade voltado para plantio direto, sistema no qual o produtor pode ter ganhos em fertilidade de solo.

O engenheiro agrônomo da Emater, Nelson Harger, explica que na maioria das propriedades os produtores aplicam adubos de forma padrão, sem considerar as diferenças entre as partes da lavoura. Entretanto, segundo ele, o trabalho deve ser feito nas diferentes áreas com base em acompanhamento integrado entre fertilidade do solo e a nutrição da planta. As análises foliares são integradas ao método DRIS, no caso da soja, para avaliar o estado nutricional das plantas. ''Isso permite que os produtores ajustem perfeitamente as recomendações para cada setor da lavoura'', diz Harger.

Atualmente, a adubação corresponde a até 25% do custo de produção de soja. ''Com o trabalho é possível racionalizar o uso de adubos para o solo e folhas e melhorar a nutrição das plantas'', afirma Harger. ''Uma planta bem nutrida consegue expressar o máximo de seu potencial genético e a produtividade pode chegar a até 4 mil quilos por hectare''.

Os técnicos calculam que a aplicação de defensivos corresponda a 40% dos custos da lavoura no Paraná. Melhorando a eficiência da aplicação, o produtor consegue reduzir o uso de agrotóxicos e economizar. Uma das maiores dúvidas dos produtores é quanto a utilização correta de bicos nos pulverizadores. No estande da Emater, o produtor pode observar a prática da aplicação na soja através de um simulador e de um pulverizador de barras instalado no local.

Segundo o técnico agropecuário da Emater, Ivanir Pauly, as pesquisas têm mostrado que, de acordo com o defensivo, o agricultor deve utilizar um tipo de bico, com tamanho de gota expelida diferente. Outro alerta é quanto à época correta para o controle. ''Recomendamos que o agricultor espere a doença chegar a um nível em que seja economicamente viável para aplicar o produto'', diz Pauly. A preocupação se refere também à assistência técnica. ''O produtor deve sempre procurar um profissional de confiança, o pulverizador deve estar em bom estado e as condições climáticas devem ser favoráveis na hora da aplicação'', acrescenta Pauly.

No estande montado pela Coopavel, em parceria com empresas privadas, os agricultores aprendem que a qualidade da água para a pulverização depende de uma análise que deve ser feita pelo menos uma vez por ano, pois a água de má qualidade interfere na atividade do herbicida. Na análise, deve ser detectado qual a quantidade de ferro, alumínio, cálcio e zinco encontrados na água. Estes elementos agem desde o momento em que os produtos são acrescentados na água, comprometendo a eficiência dos produtos.

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