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Produtores de alho lançam manifesto no RS


Produtores de alho do RS lançaram ontem manifesto pedindo a volta de cota máxima de 1,2 milhão de caixas para importação do produto chinês e argentino, com definição de datas limites. Propõem também a compra desta safra pelo governo, inclusão do alho na cesta básica e prorrogação do prazo de vencimento dos empréstimos de custeio e investimentos dos hortigranjeiros. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin, cerca de 7,5 mil toneladas de alho continuam estocadas e com poucas perspectivas de mercado em Flores da Cunha, Nova Pádua, São Marcos, Antônio Prado, Ipê, Vacaria, Farroupilha e Caxias do Sul.

O alho chinês custa 8 dólares a caixa, enquanto o produto nacional é oferecido a R$ 31,00 a caixa de 10Kg. A diferença suprime até mesmo a margem compensatória pela cobrança do direito antidumping, mesmo com a renovação ocorrida no ano passado, conforme ressaltaram os produtores, ontem, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha. Participaram da reunião técnicos do Conselho Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura e compradores do centro do país. Estavam ainda o vice-prefeito do município, Nei Carlos Manosso, e o secretário local da Agricultura, Domingos Eugênio Bebber, que acompanharam visita aos galpões de estocagem do alho. Eles não querem comprometer de forma desastrosa a safra do próximo ano.

A produção brasileira beneficia 12 mil famílias e gera em torno de 100 mil empregos diretos. Em 1992, atendia a 80% da demanda nacional, hoje, apenas 25% do consumo de alho no Brasil é produzido no país. 'As esperanças estão revigoradas e esperamos que o alho brasileiro seja absorvido pelo mercado, sob pena de quebradeira generalizada em toda a região', alertou o secretário municipal Domingos Bebber, satisfeito com a visita dos compradores.

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