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Produtores de cana-de-açúcar planejam expansão no Paraná


O presidente da Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, acompanhado de outros 15 produtores de cana-de-açúcar, apresentou ontem um projeto para a expansão da atividade no estado. "O Paraná é hoje o segundo produtor brasileiro de açúcar, mas isso não significa estar perto de São Paulo, que produz 11 milhões de toneladas de açúcar por ano. Mas nós temos tudo para aumentar a nossa produção, porque nossas usinas são melhores e mais modernas", afirmou o governador Roberto Requião.

Entre as medidas para o desenvolvimento do setor, Requião pediu uma avaliação para a Secretaria da Fazenda sobre a possibilidade de reduzir de 18% para 12% o ICMS cobrado sobre a produção de álcool combustível. Segundo o governador, foi definido um grupo de trabalho e em poucos dias será analisada qual é a possibilidade da revisão do ICMS do álcool combustível. "Mas só haverá revisão do impostos se isso tirar da informalidade um número grande de produtores e significar uma diminuição sensível do preço do álcool para o motorista", declarou o governador.

O governador ainda se comprometeu a viabilizar a construção de um terminal líquido no Porto de Paranaguá, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Estimativas da Alcopar calculam que o terminal seja construído por R$ 14 milhões. Na próxima segunda-feira, o superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, vai receber membros da Associação para discutir o projeto.

Para 2004, a previsão do setor no Paraná é colher 28 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, que serão transformadas em 1,1 bilhão de litros de álcool e 1,8 milhão de toneladas de açúcar. Segundo Tormena, a atividade atualmente gera no estado 16 mil empregos diretos, 48 mil indiretos e ocupa 150 mil hectares. Com o programa de expansão, a área cultivada passará para 330 mil hectares e serão criados mais de 70 mil empregos diretos e 500 mil indiretos.

De acordo com Tormena, sem o terminal líquido no Porto de Paranaguá não há como aumentar a produção, por falta de lugar para armazenar o etanol. "Já temos instalações próprias para o embarque de açúcar. Agora, precisamos ter como estocar o álcool", afirmou. Para esse ano, a Alcopar calcula que 200 milhões de litros de álcool industrial serão exportados para a Comunidade Européia e países de Ásia.

Apesar do principal objetivo do programa de expansão ser o incremento das exportações, Tormena reforça que o mercado nacional é a prioridade dos produtores paranaenses. "O mercado internacional tem que ter a segurança que o abastecimento será contínuo, mas o Brasil é a nossa ‘menina dos olhos’. Mas temos recursos naturais e financeiros para crescer e atender os dois", afirmou.

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