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Produtores de Lucas do Rio Verde (MT) já colheram 3% da safra 2004/2005


O produtor mal teve tempo para descansar e os trabalhos voltaram em ritmo acelerado nas lavouras de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. É que os produtores que cultivaram a soja precoce já começam a colher os primeiros frutos. Dados da Secretaria de Agricultura do município dão conta de que de 3% a 5% da área já está colhida. As primeiras áreas começaram a ser colhidas ainda em 2004, no final de dezembro, e os trabalhos avançam a cada dia.

Secretária Luciane Copetti ainda não tem dados exatos sobre produtividade mas disse que os primeiros hectares colhidos renderam pouco ao produtor. Em média, segundo ela, foram colhidas 47 sacas por hectare. “Se trata de uma variedade que vem muito mais rápido que as outras, há a questão do clima, embora se use uma tecnologia de ponta há outros fatores que contribuíram para uma baixa produtividade”, justificou. “Isso aconteceu com os primeiros hectares que foram colhidos, agora a produtividade está entre 52, 53 sacas por hectare”, assegurou.

Nesta safra o município cultivou cerca de 216 mil hectares e, pelo menos, metade da área é coberta com soja da variedade precoce. O produtor prefere a oleaginosa com ciclo menor para dar tempo para cultivar a segunda safra, só que de milho. Enquanto as colheitadeiras vão retirando a soja das lavouras atrás estão as máquinas plantando milho. “Não há nenhum espaço de tempo entre colheita da soja e plantio do milho. Na frente vão as colheitadeiras e logo atrás plantadeiras, tudo para aproveitar ao máximo o período de chuvas e garantir uma boa produtividade na safra do milho que nem mais é chamada de safrinha”, ressaltou.

“A previsão é de uma colheita de 750 mil toneladas de soja nesta safra em Lucas isso se o clima e a ferrugem colaborarem”, assinalou a secretária. Na safra 2003/2004 foi uma aposta dos produtores para recuperar os prejuízos deixados pela ferrugem na safra anterior -2002/2003- que reduziu significativamente a produtividade no município. Mas os produtores não tiveram tempo para recuperar o que havia sido perdido e foram castigados pelo excesso de chuvas nos meses de janeiro e fevereiro que pegou em cheio a época da colheita. Muitos viram a soja apodrecerem nos pés sem poder colher. Nesta safra a expectativa é de uma boa colheita embora os agricultores saibam que terão que enfrentar um outro vilão do setor de agronegócio, os preços baixos do produto no mercado, além de pagar despesas a mais que tiveram um aumento, em média, de 30%, provocado pelo aumento dos agrotóxicos.

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