Produtores de MT investem no sistema adensado
Produtores de algodão do norte de Mato Grosso experimentam a nova técnica, que pode beneficiar o agricultor
Produtores de algodão do norte de Mato Grosso estão experimentando uma nova técnica de plantio: o sistema adensado. Saiba como esse sistema pode beneficiar o agricultor.
Parte da lavoura de algodão na fazenda do agricultor Arilton Riedi foi plantada no sistema diferente do usado em Mato Grosso. Ele é um dos produtores em Sorriso, no norte do Estado, que experimenta a técnica do algodão adensado. Nos 200 hectares ele pretende reduzir os custos.
“Esse ano a gente vai dizer realmente que se, em termos de custo e rentabilidade, ela será viável. Eu acredito que será uma grande alternativa para o algodão”, avaliou seu Arilton.
A técnica consiste em produzir mais em menos tempo. O espaçamento das linhas plantadas é reduzido pela metade. E o número de plantas por metro quadrado aumenta. Foi o que explicou o agrônomo Jerley Fernando.
“Comumente nós fazemos 90 centímetros. Nós aumentamos a população por hectare das plantas e também adensamos um pouco mais a linha”, disse Jerley Fernando.
O sistema cria uma competição natural entre as plantas em busca de luz e elas desenvolvem mais rápido. Por isso, o ciclo diminui de 190 para 140 dias. O agrônomo Jerley Fernando explicou ainda que mesmo com o gasto maior em sementes, o plantio adensado compensa. Os fertilizantes e defensivos que representam o maior custo da lavoura diminuem de 30% a 40%. A produtividade é a mesma.
O sistema de colheita do algodão adensado também muda. É um trabalho feito com colheitadeiras específicas, diferentes das usadas em Mato Grosso. De acordo com os produtores, isso não será o problema. Para o primeiro plantio, eles usaram máquinas alugadas do Paraguai. O investimento mesmo só será feito depois de analisar os resultados da colheita, que deve acontecer em cinco meses.
Segundo a Federação da Agricultura de Mato Grosso, o plantio do algodão já foi concluído em 90 das lavouras.