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Produtores de Paranavaí (PR) vão contar com laticínio em 2007

O empreendimento vai ocupar área de cinco mil metros quadrados e serão investidos R$ 500 mil na obra


Após quatro anos, a Associação de Produtores e Entregadores de Leite de Paranavaí (Apelp) poderá, enfim, contar com um laticínio, previsto para entrar em operação em maio de 2007. O empreendimento vai ocupar área de cinco mil metros quadrados e serão investidos R$ 500 mil na obra.

Para os 46 membros da associação o projeto não representa apenas a possibilidade de garantir mais lucro, mas também atendimento a uma obrigação legal. "A legislação federal não permite a comercialização de leite in natura", afirma o presidente da associação, Cícero Roberto Busnardo Coca.

A primeira etapa para a construção do laticínio foi concluída há um ano. A obra foi retomada com apoio do governo estadual. "Até então só o município tinha ajudado", conta o dirigente da associação. Recursos federais, no valor de R$ 157 mil, serão aplicados na aquisição de equipamentos.

O dirigente da associação acredita que com o laticínio os produtores podermão dormmir tranqüilos. "Não correrão mais riscos, porque não vão comercializar leite in natura e também não estarão sujeitos aos preços estabelecidos pelos laticínios", diz Cícero Roberto, conhecido como Ratinho.

Segundo o presidente da Apelp, os laticínios da região compram e revendem o leite, ao contrário do objetivo visado pela associação. "Vamos trabalhar em conjunto para garantir uma lucratividade justa. Inclusive, um regimento interno deverá assegurar que isso aconteça", declara Ratinho.

Previsão

Em um laticínio convencional, o preço pago por litro é de R$ 0,37. No entanto, a associação promete custos de pasteurização que não ultrapassam R$ 0,20. "Cobramos apenas pelo processo industrial. Até porque o produtor tem de ganhar o suficiente para que se sinta estimulado", acredita.

A previsão é de que o laticínio comece a operar em maio de 2007, com processamento diário de 10 mil litros. "No momento a necessidade é essa, mas se houver mais interesse dos produtores aumentaremos a produtividade", afirma Ratinho. O leite deverá ser vendido a aproximadamente R$ 1,20.

"O preço fará jus à pasteurização e deverá ser praticado por todos os produtores. Quero ressaltar também que sequer vamos alterar a gordura do leite", destaca. Em maio, o laticínio deverá contar com apenas quatro funcionários atuando no parque industrial.

Porém, os associados da associação já estão se preparando para atender uma parcela maior do mercado consumidor. Os filiados estão aumentando a produção em 20% e, para maio de 2007, há possibilidades de duplicar o ritmo, tendo em vista promessa do governo estadual de adquirir parte do leite processado.

Os membros da entidade estão trocando e comprando novos animais, investindo em currais e resfriadores. "Contamos com financiamento e isso é muito bom. A maioria tinha gado mestiço e isso está mudando. Estamos procurando apenas holandês, pardo-suíço e girolanda", afirma Ratinho.

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