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Produtores de quiabo de Paraopeba/MG querem diversificar mercado

A Associação dos Produtores de Hortigranjeiros de Paraopeba, na região Central de Minas, vai desenvolver um programa para aumentar o universo de compradores do quiabo produzido no município


A Associação dos Produtores de Hortigranjeiros de Paraopeba, na região Central de Minas, vai desenvolver um programa para aumentar o universo de compradores do quiabo produzido no município. Segundo o presidente da entidade, Washington Geraldo Moreira de Figueiredo, toda a produção é enviada atualmente para a CeasaMinas, em Contagem, onde Paraopeba se destaca como o maior fornecedor da hortaliça.

Figueiredo diz que “os agricultores devem tratar sua lavoura como empresa para atender a um mercado cada vez mais competitivo e ter condições de ampliar seus negócios.” Ele informa que a associação vai buscar o apoio da Emater-MG, vinculada à Secretaria da Agricultura, para organizar a produção de quiabo em Paraopeba, providência que o produtor considera de fundamental importância para o desenvolvimento do programa de diversificação de mercados. “Temos mais de 200 hectares plantados com quiabo no município, e há três anos somos os principais fornecedores do produto à Ceasa”, acrescenta.

O volume de quiabo dos municípios fornecedores da Ceasa comercializado no entreposto em julho, na comparação com o mesmo período de 2008, teve um aumento da ordem de 28%, informa a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura, que analisou os dados.

“No sétimo mês do ano, foram comercializadas na Ceasa quase 1,3 mil toneladas do produto, sendo mais de 10% da hortaliça procedentes das lavouras de Paraopeba”, diz o superintendente João Ricardo Albanez.

Segundo ele, com o fornecimento de julho, Pirapora confirmou uma forte participação nas vendas de quiabo da Ceasa no acumulado dos primeiros sete meses deste ano. Ele observa que, ao registrar uma soma de vendas aproximadas de R$ 1,9 milhão no período, o município respondeu por quase 20% da receita apurada com a comercialização do produto no entreposto.

Agricultura familiar

O quiabo é fornecido por agricultores familiares, que cultivam áreas entre 10 e 15 hectares. A lavoura de Washington Figueiredo, que atua no segmento há cerca de vinte anos ao lado do pai, João Figueiredo, ocupa uma área de aproximadamente dez hectares, e ele estima para este ano uma safra de 120 toneladas. “A produção da hortaliça é ininterrupta, com colheita a cada três meses, sendo os melhores resultados obtidos no verão”, explica. “Atualmente, o plantio é feito com máquinas e a correção do solo pode ser de dois em dois anos, enquanto no intervalo adotamos o plantio direto. Mas a dependência da mão-de-obra para a maioria das etapas, inclusive a colheita, é o fator que mais eleva o custo da atividade”, ressalta o produtor.

De acordo com os cálculos de Figueiredo, o gasto médio com a produção de uma caixa de 14 quilos de quiabo alcança cerca de R$ 12,00. O produto, neste caso classificado como granel, alcança o preço médio de R$ 1,20 o quilo. Já a comercialização do quiabo em caixa de oito quilos, composta por bandejas de 400 gramas cada, possibilita receita maior, pois a cotação do produto nessas condições alcança mais de R$ 1,30 por quilo.

Este é o preço médio registrado atualmente na Ceasa para o quiabo procedente de Paraopeba. De acordo com Figueiredo o maior volume é de produto nessas caixas de oito quilos. “Estamos recomendado o predomínio dessas embalagens dentro da proposta de expansão do mercado com o objetivo de garantir mais receita para os produtores”, enfatiza.

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