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Produtores do MT querem apoio das instituições financeiras


O movimento "Pacto pela Produção e Renda" articulado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) pretende ter como aliados instituições financeiras repassadoras de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundos Constitucionais e demais recursos próprios e oficiais, no processo de negociação com o governo Federal para viabilizar a flexibilização das dívidas do setor agrícola.

Uma carta será encaminhada pela Federação, associações e sindicatos de produtores que fazem parte do movimento, com duas reivindicações básicas: apoio efetivo nas negociações para a prorrogação das parcelas dos financiamentos de investimentos vencidas e vincendas nos anos de 2005/2006, passando-as para o final dos contratos e, demonstração da incapacidade momentânea de pagamento aos escalões superiores, para que os discursos em busca de soluções sejam unificados.

A Famato e as associações de produtores de soja, algodão, arroz, de sementes e diversos sindicatos rurais de Mato Grosso, definiram, no final da tarde da última quarta-feira, esta estratégia em reunião realizada, na sede da Federação em Cuiabá.

"O documento será encaminhado, individualmente, para cada instituição financeira, e para as associações de revenda das indústrias de máquinas agrícolas, como a CNH (Case e New Holland) e John Deere. Representantes dos Bancos do Brasil, da Amazônia, Santander e do Banco Rural e das principais revendas de Cuiabá, participaram da reunião.

Sensibilizar a diretoria das instituições financeiras e das revendas, segundo os produtores rurais é fundamental porque eles também vão sofrer as conseqüências da crise.

"O apoio é importante porque o BNDES empresta dinheiro aos bancos privados para que eles invistam na agricultura. Portanto, se houver inadimplência no pagamento das dívidas dos produtores rurais, são eles (os bancos privados) que serão acionados pelo BNDES", explica o presidente da Famato, Homero Pereira.

Os produtores argumentam ainda que a prorrogação dará mais "fôlego" para que eles se possam esperar por um "cenário mais favorável" e assim, cumprir compromissos com a venda da produção. Eles consideram também que a manutenção do crédito junto a seus parceiros no agronegócio é fundamental para que "todos continuem no processo, cada um desempenhando seu papel no desenvolvimento do País".

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