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Produtores do Nordeste investem em alternativas para alimentar o gado leiteiro

Levantamento de custos das propriedades indicou que os produtores operam com margem bruta positiva


Levantamento de custos das propriedades indicou que os produtores operam com margem bruta positiva

Para driblar os efeitos da seca, os produtores rurais da região Nordeste têm investido em alternativas para fortalecer a pecuária de leite. Nos municípios de Garanhuns, Arcoverde e Bodocó, no estado de Pernambuco, por exemplo, os pecuaristas utilizam a palma forrageira, o capim Buffel, a casca de mandioca e o farelo de algodão e de soja para alimentar o rebanho leiteiro.

As informações foram levantadas pelos técnicos do Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a CNA promoveu painéis nos três municípios, entre os dias 2 e 4 de agosto, para coletar dados de custos de produção da atividade leiteira e posteriormente subsidiar a criação de políticas públicas que fortaleçam o setor. 

O primeiro município visitado pela equipe foi o de Garanhuns, onde a propriedade típica definida produz, em média, 100 litros de leite por dia e é composta por animais da raça girolando. O regime de chuvas é um pouco acima da média se comparado a outras localidades da região, favorecendo a atividade leiteira. Já na cidade de Bodocó o clima é mais árido, exigindo dos produtores investimentos mais seguros na alimentação do rebanho. “Em Bodocó, o produtor prefere comprar a silagem de milho, a produzi-la como os pecuaristas de Garanhuns”, afirmou o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues. 

Em Arcoverde, a produção da propriedade típica gira em torno de 70 litros de leite por dia, com um manejo parecido ao das outras duas cidades. Segundo o assessor técnico, a palma forrageira e o capim Buffel são a base da alimentação dos rebanhos da localidade. “Os produtores da região trabalham com animais de boa genética, mas as condições climáticas limitam a produção. O que chamou a atenção foi a baixa relação de vacas em lactação pelo total de animais do rebanho. Em média, apenas 28% dos animais estão em lactação”, destacou Thiago Rodrigues. 

De maneira geral, o levantamento de custos das propriedades indicou que os produtores operam com margem bruta positiva. Esse cenário é interessante no curto prazo, pois “em termos operacionais, todas as despesas que exigem desembolso mensal ao produtor foram remuneradas pela atividade”, finalizou o assessor da CNA. 

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