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Produtores do Sul estão confiantes na liberação da soja transgênica


Os gaúchos estão confiantes na comercialização da soja transgênica plantada ilegalmente no estado. Lideranças do setor acreditam na liberação total dos organismos geneticamente modificados. O Rio Grande do Sul responde por aproximadamente 15% da safra nacional, devendo iniciar em 20 dias a colheita de 8,5 milhões de toneladas. Acredita-se que entre 70% e 80% da soja plantada no estado tenha sido cultivada com sementes não certificadas - que podem ser piratas ou transgênicas. Do total, 60% da produção é comercializada com o exterior.

O secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, diz que está preocupado com a safra 2003 e espera que nos próximos dias o governo federal formalize a normatização de como a safra poderá ser comercializada. Segundo ele, uma demora pode fazer com que os compradores internacionais desvalorizem o preço da soja gaúcha. "Não existe ainda fato consumado sobre os transgênicos. A liberação deve passar pelo Judiciário e pelo Congresso Nacional", afirmou. Klein diz que, como advogado, acredita que a decisão judicial - cujo julgamento foi adiado dia 14 de fevereiro por 60 dias - deverá ser favorável à comercialização.

"O governo manifestou vontade em legalizar a safra atual", afirmou o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto. Mas, para ele, o caminho para a liberação comercial passa fatalmente pela decisão judicial. Uma hipótese levantada por Sperotto e, em caso de demora do julgamento do recurso interposto pela União, junto com a Monsanto, para tornar dispensável o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para o plantio de soja transgênica no País, que está travando a comercialização do grão, é serem interpostas outras ações judiciais. Isto porque, segundo ele, o País está diante de um problema grave econômico e social, estimado em mais de R$ 1 bilhão.

A Farsul também defende que o governo brasileiro faça certificação da soja para os países compradores nos moldes utilizados com a China. Para aquele país, a União enviou documento atestando que a soja nacional é convencional, com possibilidade de contaminação com a Roundup Ready, devido à fronteira.

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